As finanças descentralizadas têm revolucionado a forma de contratação de serviços financeiros. Veja mais sobre esse novo mercado
Mateus
Publicado em 29/06/2023, às 09h44 - Atualizado às 13h39
Quando se realiza uma aplicação financeira, como tesouro direto, CDB, aplicação em fundos de investimentos, por exemplo, sempre há a necessidade de fazê-lo através de intermediários, como empresas, corretoras, gestores de fundos (no caso dos fundos de investimentos) entre outros. Além de toda burocracia, tudo isso implica depositar a confiança em uma terceira parte.
Para solucionar esse problema surgiu o DeFi (Decentralized Finance). As finanças descentralizadas funcionam como um conjunto de protocolos que atuam na blockchain para oferecer os tradicionais serviços financeiros porém de forma descentralizada, eliminando assim os intermediários. Essa nova forma de realização de serviços financeiros, tem revolucionado a maneira com que as pessoas interagem com dinheiro, trazendo desburocratização, transparência, descentralização e maior eficiência.
A principal característica desse ecossistema está na utilização dos Smart Contracts (Contratos inteligentes), e foi o Ethereum que possibilitou essa nova modalidade de transações, justamente por ter criado e implementado os contratos inteligentes na blockchain.
Para entender melhor o funcionamento das finanças descentralizadas é importante saber também sobre os contratos inteligentes. Os smart contracts são protocolos executados automaticamente na rede blockchain, contratos digitais auto executáveis, sem a necessidade de um intermediário para fazer a validação.
Os contratos inteligentes controlam e simplificam transações financeiras, além de garantir total segurança. As finanças descentralizadas utilizam os contratos inteligentes como base de funcionamento.
Com a descentralização das finanças as transações são realizadas diretamente entre as partes envolvidas, sem a necessidade de confiar qualquer aspecto da transação à uma terceira parte, o que se torna muito vantajoso por inúmeros aspectos.
Não precisar de um intermediador reduz drasticamente os custos das operações, seja pela operação em si ou mesmo pela guarda dos valores (custódia), além disso, reduz a burocracia e torna os serviços financeiros mais acessíveis.
De forma resumida, as finanças descentralizadas tornaram possível que os usuários realizem transações através de contratos digitais programáveis, sem qualquer interferência de terceiros, sendo que tudo é devidamente registrado em blockchain e pode ser consultado a qualquer momento, o que elimina qualquer risco de manipulação. Veja algumas operações possíveis de se realizar com DeFi:
As plataformas de finanças descentralizadas permitem, através dos smart contracts, a modalidade de empréstimos de criptomoedas ou outros ativos digitais, o que é conhecido como Lending and borrowing, em interpretação livre, utilizado para caracterizar uma relação onde uma parte empresta e a outra toma emprestado.
O empréstimo é realizado diretamente entre as partes e as taxas são determinadas pela oferta e demanda.
Outro tipo de transação possível é a troca descentralizada. As Exchanges descentralizadas são corretoras de criptomoedas que viabilizam plataforma para troca de ativos digitais, sendo que o seus sistemas são automatizados através dos smart contracts, o que permite que os usuários realizem as trocas diretamente entre si.
Outro importante componente do mercado de finanças descentralizadas são as stablecoins. Stablecoins são criptomoedas projetadas para ter um valor estável, e estão sempre atreladas à outro ativo, como as moedas tradicionais, como o Dólar e o Euro, por exemplo, essas moedas permitem que os usuários consigam manter um valor estável nas transações realizadas dentro da blockchain e são amplamente utilizadas dentro das transações em DeFi.
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