Como as marcas aderem à Black Friday?

Mês de novembro promete descontos arrasadores, inclusive em plataformas chinesas. Entenda como ele vai funcionar e prepare-se para as ofertas

Henrique
Publicado em 01/10/2020, às 11h50 - Atualizado às 12h04

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Pixabay
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Brasileiro adora uma promoção. Agora, há mais um motivo para guardar dinheiro e se programar para uma avalanche de descontos que antecipam o período natalino, tornando o mês de novembro ainda mais aguardado.

Com diversas campanhas de promoções, o Black November, ou novembro negro, tem sido considerado o mês das ofertas em todo o mundo. No entanto, você sabe como ele ganhou essa fama e o que está previsto para 2020?

História

A primeira sexta-feira após o feriado de Ação de Graças, celebrado nos Estados Unidos, no mês de novembro, ficou conhecida como Black Friday, desde meados da década de 1960.

Na época, os comerciantes anotavam as vendas em cadernos, aproveitando para dar descontos em agradecimento ao bom ano e aos resultados positivos conquistados, em alusão ao feriado de Ação de Graças.

Pouco a pouco, grandes lojas começaram a aderir aos descontos para limpar os estoques e se preparar para o período de maior venda do ano: o Natal. Para estimular o consumo, a redução dos custos era realmente vantajosa, chegando a superar os 50%.

A novidade passou a se espalhar pelo mundo com a divulgação de vídeos da avalanche de consumidores adentrando grandes lojas de departamento, carregando eletrônicos e eletrodomésticos, em uma clara demonstração do quanto as ofertas eram vantajosas.

Brasil

A ideia da Black Friday chegou ao Brasil a partir de 2010, pela internet. Grandes redes começaram a abrir suas lojas mais cedo e contar até com filas nas portas devido à promessa de grandes promoções.

No entanto, a data ganhou má fama porque não foi todo mundo que entendeu o seu sentido. Muitas empresas acabavam aumentando os preços dos produtos semanas antes para parecer que haviam os baixado na famosa sexta-feira.

Em pouco tempo, surgiram piadas que se espalharam rapidamente, como “Black Fraude” ou oferta de “metade do dobro”. Órgãos de proteção ao consumidor tiveram de intervir, e muitas empresas foram multadas.

Nos anos seguintes, começaram a surgir até listas das empresas com recorde de reclamações por problemas na entrega ou propaganda enganosa, alertando os consumidores sobre enrascadas da Black Friday.

Hoje, as empresas passaram a compreender o objetivo da data, organizando-se para garantir bons descontos e clareza sobre o prazo de entrega. Problemas ainda acontecem, mas eles têm sido minimizados ao longo dos anos, conforme os clientes ganham experiência.

2020

Embora seja uma tradição ocidental, gigantes chinesas também têm se estruturado para promover megadescontos durante o mês de novembro, e acredite: isso já acontece há algumas décadas!

Na China, o grande dia de ofertas é chamado de Double 11 (duplo 11), celebrado em 11/11, data conhecida por lá como Dia do Solteiro. A comemoração teve início em 1993, na Universidade de Nanquim, e tinha por objetivo promover encontros para homens dispostos a acabar com a solteirice.

Aos poucos, o varejo percebeu que poderia aproveitar a data para estimular o consumo e passou a promover descontos vantajosos com a desculpa de que os solteiros deveriam se presentear.

Plataformas virtuais de venda de produtos chineses já prometem trazer a data para o Brasil a partir deste ano, com descontos que podem chegar a 70%! Apesar de parecer uma boa pedida, é fundamental pesquisar sites que contem com apoio em território nacional e sigam as nossas regras de proteção ao consumidor.

Também é essencial checar a data de entrega, uma vez que a maioria dos itens adquiridos durante a Double 11 devem chegar em terras brasileiras só no ano que vem.

De qualquer forma, é muito bom saber que a economia vai ser estimulada e a competitividade entre as lojas pode trazer vantagens para quem realmente importa: o consumidor.

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