Despesas eleitorais pagas por brasileiros

O MDB é o que mais dinheiro (R$ 234,2 milhões) vai receber, porque é o partido com o maior número de deputados e senadores

Eleni Nogueira
Publicado em 16/08/2018, às 08h15 - Atualizado em 24/08/2020, às 03h53

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As eleições gerais deste ano serão realizadas sem o apoio das empresas, que foram proibidas de fazer doações eleitorais por decisão do Supremo Tribunal Federal. Para compensar essa proibição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, no fim do ano passado, aprovaram uma minirreforma política, com a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), com o valor de R$ 1,7 bilhão. Essa montanha de dinheiro sairá do bolo formado pelos impostos pagos pelos brasileiros. Isso significa menos recursos para a saúde, educação e segurança pública, que são desviados para bancar as despesas eleitorais de suas excelências, que vão disputar as eleições de 7 de outubro.

A distribuição do R$ 1,7 bilhão foi feita pelo TSE: 2% serão divididos igualmente entre os 35 partidos legalizados; 35%, entre os partidos que tenham pelo menos um deputado na Câmara; 48%, entre as legendas, na proporção do número de representantes na Câmara; 15%, entre os partidos no Senado, respeitando o tamanho de cada bancada de senadores. A movimentação dos recursos será efetuada, exclusivamente, por intermédio de conta única do Tesouro Nacional, para permitir o controle maior e transparência dos recursos disponibilizados. O MDB é o que mais dinheiro (R$ 234,2 milhões) vai receber, porque é o partido com o maior número de deputados e senadores. Vem, a seguir, o PT, com R$ 212,2 milhões, o PSDB, com 185,8 milhões; o PP, R$ 135 milhões, PSB, com 118 milhões. Os partidos menos contemplados serão os nanicos PSTU, PCB, PCO, PPL, NOVO e PMB, com R$ 980 mil cada um.

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