Coluna Em Foco - Edição 1334

Por Sérgio Magri

Abrindo mão Comentários pelos bastidores políticos de Bertioga informam que o atual secretário municipal de Turismo, Esporte e Cultura da prefeitura de Bertioga Pacífico Jr. (PROS), um dos cinco seletos prefeituráveis da atual base do governo, teria ressaltado que se não for o escolhido para ser o candidato a prefeito para disputar as eleições 2016, estará focando suas ações políticas para ser reeleito vereador. Desta forma, Pacífico estaria antecipadamente descartando qualquer possibilidade de ser candidato a vice-prefeito pela administração ou qualquer outra frente partidária interessada em seu potencial. O vereador licenciado não abriria mão de ter um mandato pleno, eleito nas urnas, mesmo que seja apenas para retornar à casa de leis da cidade. Candidato a prefeito ou vereador, Pacífico Jr. confirma o excelente relacionamento com os governantes da prefeitura, por onde deve compor politicamente rumo às eleições 2016.

Baixa petebista Neto Maranhense, umas das importantes lideranças políticas de Bertioga, pediu recentemente sua desfiliação do PTB, até então seu partido. Neto, agora integrante da base do atual governo, ainda não anunciou sua futura legenda, porém, é certa a sua candidatura a vereador para a disputa das eleições 2016. Bem votado nos dois últimos pleitos de Bertioga, estará somando forças com a forte base política da administração, no intuito de formar uma bancada forte na Câmara Municipal na próxima legislatura que terá vigência a partir de janeiro de 2017. Neto Maranhense atua no momento na secretaria municipal de Habitação e Obras, colaborando com os trabalhos da pasta, mas também focado em ampliar ainda mais o seu eleitorado, visando conquistar uma das tão disputadas cadeiras do Poder Legislativo da cidade.

Na hora certa Outro bom nome, que também já atua no Poder Executivo, é Adiel Pereira, que mesmo já declarando total apoio e fidelidade ao governo rumo às eleições 2016, ainda não se descompatibilizou do seu atual partido, o PSDB. Adiel, representante comunitário e político da comunidade do Mangue Seco, garante que fará o procedimento na hora certa, preferindo se dedicar ao máximo às causas públicas e ao seu projeto prioritário, que é ser eleito vereador nas eleições que ocorrerão no ano que vem. Experiente e consolidado no cenário político bertioguense, Pereira já exerceu a vereança, como suplente por dois curtos períodos, e agora quer ser eleito como titular de uma das nove cobiçadas cadeiras do Legislativo local.

Voltando? Eduardo Pereira, sem partido, é mais um agente político que não medirá esforços para voltar a atuar efetivamente no cenário político de Bertioga a partir de 2017. Colecionador de uma série de rótulos de ex, como ex-vereador, ex-vice-prefeito, ex- secretário de serviços urbanos e ex-presidente do PDT, quer voltar à Câmara Municipal, eleito no pleito que ocorrerá em 2016. Contrariando tendências, Pereira pode se filiar ao DEM ou a outro partido incorporado à base do governo. Sua filiação ao Solidariedade (SD), partido que possui relacionamento estreito, não está descartada, no entanto, ainda depende das definições que apontarão o formato da disputa das eleições municipais que acontecerão no ano que vem. Especialista em estratégia de campanha eleitoral, Eduardo Pereira é um dos fortes nomes para retornar à casa de leis na próxima gestão.

Fogo amigo Mais uma vez, durante a apresentação dos trabalhos, ao longo da sessão do Poder Legislativo da terça-feira, 5, as vereadoras Valéria Bento (PMDB) e Márcia Lia (PRB) se desentenderam em plenário quando das explanações referentes aos problemas trabalhistas enfrentados pelas merendeiras que atuam na rede municipal de ensino. Valéria pede providências urgentes para a regularização dos pagamentos trabalhistas da categoria. Já Márcia Lia alegou que a Secretaria Municipal de Educação está fazendo o possível para que a ex-empresa contratada para prestar tal mão de obra regularize o mais rápido possível a situação das trabalhadoras. As "farpas" entre as vereadoras aconteceram sutilmente, mas deixam claro as diferenças já herdadas por divergências anteriores no exercício da democracia em seus trabalhos na casa de leis da cidade.

Quebra-cabeça Miranda, diretor executivo de governo e secretário interino de Habitação e Obras da prefeitura de Bertioga, comandou na última semana uma importante reunião com os presidentes dos partidos políticos parceiros da administração municipal. Na oportunidade, estiveram presentes presidentes e representantes do DEM, PV. PMDB, PP, PPS, PROS, PRB, PT do B, PEN, SD e PSD. O encontro teve como objetivo principal discutir as estratégias para a montagem dos partidos para a disputa das eleições 2016, pois o país passa por um processo de reforma política que modificará o formato das disputas nos municípios brasileiros. A atividade, envolvendo os mandatários das legendas, deve ocorrer mais algumas vezes para determinar o fechamento das filiações que deve ser concluída no prazo máximo de setembro próximo.

Mudanças, surpresas... Nessa reunião com os presidentes dos partidos políticos que fazem parte da base do governo, um destaque especial, o PSD, que passa a ser presidido por Giovani Amaral, comandante da Guarda Municipal de Bertioga (GCM). Amaral, nas últimas eleições 2014, fez um bom trabalho no município para renomados representantes da legenda, colaborando com as eleições de Herculano Passos, para deputado federal, e Rita Passos, reeleita como deputada estadual paulista. O PSD, que até esta sexta-feira, 8, aparece no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tendo como presidente municipal em Bertioga o arquiteto Gustavo Melo, deve mesmo ter novo comando, que deverá ser atualizado e oficializado muito em breve, ampliando as bases políticas do grupo do governo, que se fortalece para a disputa do pleito que se aproxima.

Foto do fato O ex-vereador e presidente do PMN de Bertioga, pastor Clayton, esteve recentemente visitando o gabinete do vereador Alemão (PROS), nas dependências da Câmara Municipal, no intuito de conversar com Valdir, presidente do PPS local. Representante do PSB, mesmo não sendo ainda filiado a legenda, a liderança evangélica da cidade tratou assuntos referentes à fusão nacional entre os dois partidos, PSB e PPS, que já discutem o comando da nova sigla em âmbito municipal. Em Bertioga, oficialmente a fusão será direcionada pela base do PPS, um partido estruturado, composto por importantes lideranças políticas e sociais, e que nas últimas eleições 2014 conquistou mais votos para seu representante, no caso, o deputado federal eleito Alex Manente, atual presidente estadual da legenda. Já o PSB, que trabalhou para o deputado estadual eleito, Caio França, também teve uma representatividade satisfatória, porém, menor que a obtida pelo grupo do PPS. A composição entre as duas frentes partidárias ainda não se definiu em Bertioga, mas as conversas continuam. Na foto, pastor Clayton, representante dos interesses do PSB e Valdir, articulador político e presidente do PPS, buscando caminhos harmônicos entre as duas frentes políticas locais.