Coluna Albatroz - Edição 1346

Costa Norte
Publicado em 04/08/2015, às 06h54 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h40

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Costa Norte
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Bertioga

Pavimentação

Quem prestigiou a penúltima semana da Festa da Tainha de Bertioga foi o deputado federal Beto Mansur (PRB-SP). Sua história com o município colaborou para que, em sua legislatura anterior, viabilizasse a destinação de R$ 25 milhões para a pavimentação das ruas da área central.  Ele disse: “O prefeito Mauro Orlandini nos procurou e fizemos um trabalho intenso para que pudéssemos resolver essas questões que, logicamente, atingem a população”. Ao todo, as obras que, segundo ele devem começar no próximo mês, estão avaliadas em cerca de R$ 30 milhões, e cabe ao município uma contrapartida de aproximadamente R$ 6 milhões.

Diretório do PR

A posse dos novos integrantes do diretório do PR Bertioga e do PR Mulher, ocorrida na sexta-feira, 24, contou com a presença do deputado estadual André do Prado, líder do Partido da República, na Assembleia Legislativa, e do deputado federal Márcio Alvino, além do secretário-geral da executiva estadual Simei Baldani. André do Prado conta que conheceu o presidente municipal do partido, Taciano Goulart, há dois anos: “Conheci o Taciano e logo percebi sua força de vontade e potencial para trabalhar em prol da população de Bertioga. Fico muito feliz que ele tenha assumido a presidência da executiva municipal do PR e tenho certeza de que ele poderá fazer um bom trabalho no município. Estamos unindo forças para fazer um projeto grandioso em prol do progresso da cidade e sua população”.

Posse

Além de Taciano, a executiva municipal do PR passou a ser constituída por: Odair de Souza (vice-presidente); Macleid Ferreira (tesoureira); Lucília Goulart (secretária geral); Geraldo de Carvalho, Rosilene Neves e Brasilina Sobrinho (membros). Segundo André do Prado, a atual composição da executiva municipal do PR desponta como uma alternativa viável para a população bertioguense nas eleições municipais de 2016.

Cubatão 

CAMP

O presidente da Câmara Aguinaldo Araújo (PDT) recebeu a visita da diretoria do Centro de Aprendizagem Metódica e Prática Mário dos Santos (CAMP) a fim de renovar o contrato da entidade com o Poder Legislativo. A casa de leis foi a primeira instituição da cidade a abrir espaço para que os aprendizes pudessem desenvolver suas atividades profissionais.

Guarda Municipal

Durante a sessão ordinária do dia 28, o projeto de criação da Guarda Municipal de Cubatão foi prejudicado devido à aprovação de parecer contrário, de autoria de César da Silva (PDT) e Severino Tarcício (PSB), o Doda, ambos da Comissão Permanente de Justiça e Redação. O documento, que considera a proposta do Executivo ilegal, recebeu sete votos a favor: Ademário da Silva (PSDB); Dinho Heliodoro (SDD); César da Silva (PDT); Fábio Roxinho (PMDB); Severino Tarcício (PSB), o Doda; Wagner Moura (PT); Ivan Hildebrando (PDT). Foram contrários: Jair Ferreira (PT), o Jair do Bar; Ricardo Queixão (PMDB).

CEI

A Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga o pagamento de licenças-prêmio concedidas pela prefeitura de Cubatão, começou a escutar os depoimentos de servidores que teriam recebido valores em desacordo com o decreto Nº 9739/11, que prevê limite remuneratório ao funcionalismo municipal (até R$ 15 mil). De Brasília

Claudio Coletti

Turbulência  I

Deputados e senadores retornam à Brasília na segunda-feira, 3, depois de férias de quinze dias. O clima no Congresso Nacional é de turbulência total, devido à crise e ao iminente início dos processos de punições, pelo Supremo Tribunal Federal, de políticos importantes e beneficiários das roubalheiras na Petrobras. A expectativa é que, no início de agosto, o procurador geral da República Rodrigo Janot encaminhe ao STF os primeiros pedidos de abertura de processos contra parlamentares investigados pela Operação Lava- Jato. Entre eles estariam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o senador Fernando Collor.

Turbulência II

Na Câmara, Cunha promete guerra à presidente Dilma Rousseff, a qual acusa ser responsável por enredá-lo no megaescândalo. Ele anunciou que vai colocar mais lenha na fogueira. Seu grupo vai pressionar os caciques do PMDB para afastar a legenda do governo e para que rompa as relações com o PT e o ex-presidente Lula. Tal ocorrendo, a presidente perderia as condições de governabilidade. Mas, Cunha não terá vida fácil. Um expressivo número de deputados moverá ações para afastá-lo da presidência enquanto durar o processo em que ele é acusado de ter recebido US$ 6 milhões de propina na contratação de navios-sonda pela Petrobras.

Maldades I

Na primeira semana, a pauta prevê a conclusão das votações, em segundo turno, das propostas incluídas na PEC da Reforma Política, que será enviada para análise do Senado. Está também prevista a votação, em segundo turno, da PEC que reduz a maioridade penal para 16 anos, medida combatida pelo Palácio do Planalto. A “pauta de maldades” de Cunha prevê a votação imediata do projeto que dobra a correção do FGTS; aprovado, bate de frente com a política fiscal proposta pelo ministro Joaquim Levy, por representar mais despesas. Na “pauta bomba” está incluído o projeto, de autoria do próprio presidente Cunha, que reduz de 39 para 20 o número de ministérios.

Maldades II

Cunha  ainda programou a instalação de duas CPIs. Uma delas, para apurar os desvios no BNDES e, a outra, para desvendar os subterrâneos dos fundos de pensão, dominados pelos petistas. Na avaliação de especialistas, a CPI do BNDES pode paralisar a instituição e causar prejuízos à economia até maiores do que os provocados pelo escândalo da Petrobras. Cunha também despachou 12 pedidos de impeachment de Dilma para tê-los prontos para ser analisados pela Câmara. Ele pautou para agosto a votação de todas as prestações de contas do governo, para limpar o caminho para as contas de 2014, em análise no Tribunal de Contas da União. A expectativa é que tais contas sejam rejeitadas, cabendo então ao Congresso Nacional as explicações devidas.

Pesadelo

O mandato de Rodrigo Janot como procurador-geral da República encerra em 17 de setembro, justamente no momento em que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal pedidos de abertura de processos contra políticos importantes, entre eles senadores, beneficiários de recursos desviados da Petrobras. Na quarta-feira, 5, procuradores de todo o país escolherão os três nomes que vão compor a lista tríplice que será encaminhada à presidente Dilma. Janot é apontado como o favorito para ser o primeiro da lista. Isto ocorrendo, por tradição, a presidente deverá indicá-lo ao Senado para continuar à frente da PGR por mais dois anos. Será sabatinado pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça, e seu nome votado no plenário pelos 81 senadores. A votação será secreta. Os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor anunciaram que não pretendem vê-lo reconduzido a tão importante cargo. A oposição anunciou que votará favorável a Janot. Sua recondução vai depender do voto de senadores independentes e daqueles que não seguem a cartilha de Renan e Collor.

O Alvorada

O vice-presidente Michel Temer está determinado deixar o Palácio do Jaburu para morar no Palácio da Alvorada. Para tanto, procura aproveitar ao máximo a missão lhe confiada pela presidente Dilma Rousseff, de pacificar a área política e melhorar as relações entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Adotou a estratégia de um equilibrista de circo, que tudo faz para não cair dos fios de aço utilizados para suas apresentações. Temer procura estar de bem com os políticos e partidos, mesmo os da oposição. Sempre surge como bombeiro para apagar incêndio. Assim fez na grave crise que acabou levando Eduardo Cunha, seu colega de partido, a romper com a presidente Dilma e com “os aloprados do Palácio do Planalto”.

Crisesinha

Segundo Temer,  “foi uma crisesinha, já contornada”. Ele age sempre mirando no que possa lhe trazer benefícios políticos. Sabe que a situação da presidente Dilma se agrava a cada dia. De um momento para outro, a presidente corre o risco de ser defenestrada do comando do governo. Certamente, cairia no seu colo a tarefa de conduzir a chapa eleita em 2014 e comandar o Brasil até o fim de dezembro de 2018. Isso não ocorrendo, Michel Temer teria o plano B: ser o candidato do PMDB à Presidência da República em 2018. Essa estratégia seria colocada em funcionamento em outubro próximo, quando o PMDB promoverá sua convenção nacional. Nesse momento, a legenda deverá estar desligada do governo e em oposição ao PT do ex-presidente Lula.

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