Candidato do PSL aguarda confirmação do seu pedido de registro pelo TSE e é réu no STF por incitação ao estupro e por injúria
Estela Craveiro
Publicado em 03/09/2018, às 14h17 - Atualizado em 23/08/2020, às 17h22
"Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre, hein? Vamos botar esses picaretas pra correr do Acre", é o que disse Jair Bolsonaro (PSL), candidato à presidência da República da coligação O Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos, empunhando um tripé de câmara de televisão como se fosse uma metralhadora. Foi em campanha eleitoral pelas ruas da capital Rio Branco, no sábado, 1º de setembro.
Pelo que se vê no vídeo que está circulando na internet, a população presente parece ter gostado da ideia. Mas o PT não gostou. A coligação O Povo Feliz de Novo, que abrange PC do B, e Pros, entrou com representação criminal junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro, por ameaça. E também entrou com notícia crime por injúria eleitoral e incitação ao crime.
O ministro Ricardo Lewandowsky foi definido o relator da representação do PT, por sorteio eletrônico, na tarde desta segunda-feira
O registro de candidatura de Bolsonaro ainda não foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um advogado de Mangaratiba (RJ) entrou com pedido de impugnação, argumentando que Bolsonaro é réu em ações no STF por apologia ao estupro e injúria.
No STF, Bolsonaro é réu em ações movidas pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), aquela sobre quem ele disse que não estupraria porque ela não mereceria, uma por incitação ao estupro e outra por injúria.
Nesta semana, o STF deve decidir se aceita denúncia da Procuradoria Geral da República contra ele por racismo.
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