Vereadores inconformados com a inatividade dos aquabus


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Publicado em 08/12/2017, às 12h56 - Atualizado em 23/08/2020, às 16h16

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As três embarcações foram adquiridas em 2015, por R$ 4,5 milhões, para transporte público aquático no arquipélago e não tem previsão de funcionar

Ilhabela

Bruna Vieira – Agência Gentecom

Os projetos em pauta não animaram as discussões na sessão ordinária da terça-feira, 5, na Câmara de Ilhabela. O debate da noite tratou do requerimento 923/2107, aprovado, do vereador Mateus Pestana (PCdoB) e Anísio de Oliveira (DEM) , que questionam a não utilização das três embarcações aquabus, adquiridas em 2015, por R$ 4,5 milhões, na gestão do ex-prefeito Antônio Colucci, cuja finalidade é servir como transporte público aquático no arquipélago.

O vereador Mateus Pestana questiona o motivo de as embarcações terem sido enviadas para a Marina Juqueriquerê, em Caraguatatuba, em abril desse ano, na qual permanecem paradas.  Contratado pela modalidade licitatória convite, esta marina assinou contrato de locação e seguro com a prefeitura, em agosto último, com validade de 120 dias, pelo valor de R$ 77,9 mil. O contrato vence no próximo dia 13 de dezembro. O documento estabelece apenas a guarda e preservação da integridade das embarcações, podendo ser prorrogado.

O vereador Marquinhos Guti (DEM), que é capitão de barco, e há 29 anos trabalha no mar, opinou na sessão que quem determinou que os aquabus fossem para a Marina Juqueriquerê “não entende nada de embarcações. “Eles poderiam estar em outros locais que permitissem a manutenção. Ao invés de dar a carta convite para um prestador de serviço daqui, deram para uma marina onde não é possível fazer a manutenção.

São R$ 649,00 por dia, para guardar as três embarcações, que precisam ser economizados”. Ele propõe que o contrato não seja renovado com a marina, e que as embarcações voltem a ser guardadas em Ilhabela.

O líder do prefeito Márcio Tenório, na Câmara, o vereador Gabriel Rocha (SD), disse que embarcações foram transferidas para Caraguatatuba depois de constatado o risco de afundamento, e que pelo mesmo motivo foi solicitado um laudo técnico para verificar as condições de navegação. “O atual prefeito está preocupado em resolver os “abacaxis” deixados pela administração passada. A vontade do prefeito Tenório é que os aquabus funcionem já nessa temporada, mas isto é o laudo técnico que vai dizer”, enfatiza.

O vereador Anísio Oliveira (DEM) esteve na marina, no último dia 30, e comentou na sessão dessa semana, que os aquabus não vão funcionar para esta temporada, segundo lhe explicou o sócio-proprietário da Marina Juqueriquerê, Jorge Appes: os barcos estão conservados e contam com equipamentos de última geração, porém, necessitam de manutenção que, de acordo com sua experiência, demandaria pelo menos 60 dias para cada aquabus.

Disse Anísio: “A cidade mais uma vez poderia ser referência, mas sofre pelo amadorismo administrativo. O Executivo precisa tomar uma decisão urgente, pois, no próximo dia 13, o contrato termina e mais R$ 77 mil serão gastos, enquanto a população precisa do serviço”. Segundo ele, uma das embarcações precisa de reparos maiores, pois o leme está torto, entrou água no motor, entre outras questões que ele verificou na visita à marina. “As outras duas embarcações precisam de pequenos reparos. Constatei que foi um erro comprar estes aquabus, pois não servem para navegar em mar aberto, só nas costeiras de Ilhabela. Não se pensou em acessibilidade, logística e vazão”, explica.

Projetos aprovados

Os vereadores aprovaram, por unanimidade, na sessão de terça-feira, 5, o projeto de lei de Valdir Veríssimo (PPS), que declara de utilidade pública a Associação Rancho Encantado Equoterapia, a Equoilha, que se dedica à modalidade terapêutica realizada com cavalos, destinada a crianças e adultos portadores de necessidades especiais. Valdir. De acordo com ele, “a Equoilha vem desenvolvendo um trabalho fantástico em parceria com a Apae; o resultado é surpreendente e comove a todos”.

Também foi aprovado, por unanimidade, o projeto do Executivo que altera dispositivos sobre a organização do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Ilhabela (IlhabelaPrev). Trata-se de seguir uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, para correção da referência do cargo de diretor-presidente, considerando que os cargos em comissão da autarquia previdenciária devem ser preenchidos por servidores efetivos, ativos ou inativos. O projeto prevê que os servidores mantenham atualizados seus dados cadastrais, para a correta projeção do Instituto.

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