A imagem foi publicada em um grupo no Facebook com assuntos sobre a cidade e gerou muitos comentários divertidos com a comparação
Uma imagem curiosa de uma pedra em formato de hambúrguer chamou a atenção em uma publicação feita no grupo Ubatuba Oficial do Facebook no dia 10 de agosto. A postagem foi feita por Charles Medeiros, morador local, que perguntava se os participantes da comunidade reconheciam a praia, que se trata de Picinguaba no extremo norte da cidade.
O post acabou gerando muitos comentários e reações divertidas como o de Marcos Santos Santos: “Amei esse hambúrguer, só uma pergunta amigo. Será que teria a opção de excluir as duas azeitonas? Por favor!”
Apesar do apelido de Pedra do hambúrguer ter sido popularizado recentemente, apuramos que a formação rochosa tem de fato um nome já conhecido por gerações passadas do município. De acordo com a Secretaria de Turismo de Ubatuba (Setur), ela é chamada de Pedra do Cabo e, segundo a comunidade mais antiga conta, há histórias de que os indígenas que habitavam a praia utilizavam os buracos nela para amolar suas fisgas (instrumentos de caça com pontas semelhantes ao arpão).
Aos interessados em conhecer pessoalmente a pedra, ela fica localizada na praia de Picinguaba (refúgio de peixes em tupi-guarani) que é um dos destinos turísticos mais populares de Ubatuba. Seu acesso se dá por meio de uma estrada que começa no km 7,3 da Rio-Santos no sentido norte, rumo a Paraty.
O lugar abriga uma pequena vila de pescadores tombada como Patrimônio Histórico; as casas, canoas e artefatos de pesca e a charmosa Capela Imaculada de Conceição são conservados e mantêm as características originais desde seu tombamento em 1983.
Mesmo assim, o local adaptou a sua infraestrutura turística e hoje os visitantes encontram na extensão do vilarejo algumas pousadas e estacionamentos particulares, enquanto na faixa de areia existem quiosques e bares que oferecem refeições, bebidas, guarda-sol, mesas e cadeiras.
A praia tornou-se amplamente conhecida por turistas por ser o ponto de saída mais próximo para passeios até a Ilha das Couves. As visitas à ilha são feitas de barco, com duração de cerca de 15 minutos de trajeto e disponibilidade de permanência definida pelo visitante. Outras opções de atividades que partem da vila são as trilhas e as pequenas estradas que levam a outras praias próximas, como a da Bica e a da Fazenda, com trajeto leve de cerca de 20 minutos de duração a pé. Já para os visitantes mais acostumados com trilhas, tem as opções de se aventurar até as praias Brava da Almada ou Laço da Cavala.
Além da pesca artesanal que é a principal fonte de renda dos moradores do vilarejo, existe ainda uma fonte secundária que é o Projeto Cultivo de Vieiras (moluscos desenvolvidos dentro de conchas), produtor deste molusco comumente comercializado para países como a França que nomeou o alimento de coquille saint-jacques.
O projeto foi implantado pela ONG Eco-associação que, por meio de um financiamento do Ministério da Pesca e da Aquicultura com apoio da prefeitura, importou do Chile diretamente para os cultivadores locais uma tecnologia com capacidade de produção de aproximadamente 20 mil vieiras por mês.