*Foto: JCN
Por Antonio Pereira
Um antigo processo datado de 1990 teve desfecho favorável aos moradores da Prainha Branca, em Guarujá, localizada em Área de Preservação Permanente. A juíza Gladis Naira Cuvero, da 2ª Vara Cível, determinou que o empresário e ex-deputado estadual Evandro Mesquita remova todas as árvores e mudas de pínus, o popular pinheiro, e faça um replantio com árvores nativas em uma área particular de 0,8 hectares (o equivalente a 8 mil metros quadrados).
A atual vegetação, localizada no topo do morro, é exótica e foi plantada há 20 anos, após supressão da mata original. O problema é que ela suga a água dos lençóis freáticos e resseca o solo. A ação foi movida pelo Ministério Público (MP).
Embora no entendimento da comunidade a área seja ocupada por eucaliptos e não por pinheiros, o presidente da Sociedade Amigos da Prainha Branca, Márcio dos Santos Flávio, comemorou a sentença: “Nós temos um sério problema de saneamento básico na Prainha, e a água consumida no bairro vem de recursos naturais, mas plantas como pinheiros e eucaliptos sugam essa água e prejudicam a comunidade com um todo”.
O empresário tem agora 90 dias para cumprir o julgado e apresentar o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), aprovado pelo órgão ambiental. Após o período, ele estará submetido à multa diária de R$ 500,00.
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