O enxame tem tirado o sossego dos moradores de uma vila no Centro da cidade
Imagine a situação: abelhas africanizadas agitadas numa colméia bem no relógio de luz que fica na entrada de sua casa! Pensou?
Pois é, este é o cotidiano dos pais da Cleide Oliveira da Silva que moram numa vila com 21 casas no Centro de São Vicente, onde residem outros idosos além de crianças.
Segundo a aposentada, a prefeitura, os bombeiros e a Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) foram acionados para tentar resolver o problema que começou em dezembro de 2022, mas sem sucesso. “Esse enxame está se alastrando. Eu já liguei no Bombeiro, já liguei na secretaria do Meio Ambiente, Zoonoses e não tiram!”, disse Cleide.
E o pai da Cleide, o senhor José, 83 anos, é prova do quão arriscada está a situação. “Ele pegou um pano branco e colocou lá, porque o homem da companhia de luz não conseguia medir o consumo de energia, e acabou tomando picada de duas abelhas. Disse que doeu muito e saiu até sangue”, desabafou.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) não permite que esses insetos sejam eliminados, sendo protegidos pela Lei nº 5197 de 03/01/67. “Se o bicho é protegido por lei, é claro que tem que haver um órgão responsável pela retirada delas”, disse Cleide.
Antônio Padovani Junior, também conhecido como Toninho das Abelhas, afirmou que bombeiros e prefeitura só agem em caso de emergência. Toninho faz remoção de abelhas há 38 anos. “ A gente não extermina a abelha, a gente tira e leva para apiários”, afirmou Toninho.
De acordo com ele, essa espécie (africanizada) tem o costume de fazer colméias em lugares como forros de telhado, caixas de inspeção e caixas de luz (relógio), principalmente nesse período do ano. “Não tem como evitar, elas entram em lugares com diâmetro de um dedo e essa é a época de multiplicação delas”.
Toninho disse que o melhor a se fazer é chamar um especialista e retirar os bichos o quanto antes. “Tem pessoas que entram no forro do telhado pensando, ‘Ah! Elas nunca me picaram, não vai acontecer nada’, e é quando acontecem os acidentes”, explicou, afirmando também que esse tipo de abelha é defensiva e só ataca quando se sente ameaçada.
Nós procuramos a prefeitura de São Vicente que respondeu por e-mail que a Defesa Civil possui um telefone para emergências envolvendo abelhas, vespas, percevejos e outros insetos. O número é 0800 771 0037
O Corpo de Bombeiros também foi procurado, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno. Em caso de resposta, o texto será atualizado.
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