Jovem foi a óbito quatro dias após um acidente de moto no início do mês; fígado, pulmão, rins e pâncreas foram doados em procedimento realizado no Crei
Após um jovem de 18 anos sofrer um acidente de moto, no dia 1º de fevereiro, uma família de São Vicente, no litoral de São Paulo, recebeu a pior noticia: o motociclista não resistiu e morreu no sábado (5).
Mesmo diante da dor causada pela perda do ente querido, a família surpreendeu ao prestar um gesto de amor ao próximo e decidiu doar os órgãos do jovem que sofreu um Traumatismo Cranioencefálico (TCE).
A equipe do Crei acolheu a família da vítima e questionou, inicialmente, sobre a possibilidade de doação dos órgãos. Os familiares sinalizaram positivamente e a Organização da Procura de Órgãos (OPO) foi acionada.
Com isso, foi feita uma observação técnica dos profissionais, para avaliar quais órgãos poderiam ser doados. Foi concluído que seria possível a doação do fígado, pulmão, pâncreas e rins.
Segundo a prefeitura de São Vicente, os órgãos saíram do Hospital Municipal e seguiram para um hospital de transplante, em São Paulo.
A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas.
A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida.
Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.
Se você quiser se tornar um doador, a atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação.
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou à comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hospital.
Pode também entrar em contato com a Central de Transplantes, que tomará as providências necessárias.
A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra, e todos os cuidados de reconstituição do corpo são obrigatórios pela Lei n° 9.434/1997.
Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes, sem qualquer deformidade. Não há necessidade de sepultamentos especiais. O doador poderá ser velado e sepultado normalmente.
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