MANIFESTAÇÕES

Condenado por estupro coletivo, Robinho participa de manifestação em São Vicente (SP)

Apoiador e eleitor de Jair Bolsonaro, ex-jogador estava quase irreconhecível no meio da multidão, mas pequeno detalhe fez com que os mais atentos descobrissem sua identidade; recentemente o Brasil negou pedido de extradição do atleta

Redação
Publicado em 03/11/2022, às 10h15 - Atualizado às 11h23

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Apoiador e eleitor de Jair Bolsonaro, ex-jogador estava quase irreconhecível no meio da multidão Manifestaões litoral - Reprodução Twitter
Apoiador e eleitor de Jair Bolsonaro, ex-jogador estava quase irreconhecível no meio da multidão Manifestaões litoral - Reprodução Twitter

O ex-jogador Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, era um dos presentes no protesto que aconteceu neste feriado, em São Vicente, no Litoral Paulista, em retaliação ao resultado das eleições democráticas que aconteceram no domingo (30), elegendo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente do Brasil.

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Apoiador e eleitor de Jair Bolsonaro (PL), o ex-atacante de 38 anos e seu amigo Ricardo Falco foram condenados por estupro de uma jovem albanesa em 22 de janeiro de 2013, quando a vítima tinha 22 anos de idade.

Robinho mora no litoral de São Paulo e aproveitou o feriado de Finados para ir às ruas em uma manifestação pró-Bolsonaro. O condenado estava irreconhecível, pois estava usando máscara, gorro na cabeça e todo enrolado numa bandeira do Brasil.

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Entretanto, um detalhe específico chamou a atenção dos mais atentos: Robinho não tirou a grossa aliança de casamento, que logo foi reconhecida pelos manifestantes e internautas que chegaram à identidade do rapaz, e a foto do ex-camisa 7 do Santos Futebol Clube viralizou nas nas redes.

Pequeno detalhe fez com que os mais atentos descobrissem a identidade do ex-atacante Robinho nas manifestações (Reprodução Arquivo Pessoal/Twitter)

Condenado por estupro

A mulher que acusa o atacante e amigos de estupro coletivo estava na mesma boate que Robinho e cinco amigos dele, em Milão, mas só se juntou ao grupo após a esposa do então jogador do Milan voltar para casa.

Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". De acordo com a reconstrução feita pelo Ministério Público italiano, o grupo levou a jovem para um camarim da boate e, se aproveitando de seu estado, praticou "múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela".

Os outros quatro envolvidos no caso não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados. Em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao amigo Jairo Chagas, que o alertou sobre a investigação: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".

"Olha, os caras estão na m****. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f***** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela", afirmou.

No entanto, após Chagas dizer que havia visto Robinho "colocar o pênis dentro da boca" da vítima, ele respondeu: "Isso não significa transar". Os advogados do ex-jogador alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual.

Brasil nega extradição

O ministério público italiano pediu ao Brasil a extradição de Robinho à Itália, onde ele foi condenado a nove anos de prisão, mas o país negou o pedido. Segundo informou o UOL Esportes, a recusa se deu com base no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.

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Contudo, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil. O pedido de extradição feito pelo Ministério da Justiça italiano havia sido divulgado no início de outubro, quase nove meses depois da confirmação da sentença de Robinho pela Suprema Corte do país europeu.

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