CIGARRO ELETRONICO

Ambulatório de tabagismo de São Vicente oferece tratamento contra uso de cigarros eletrônicos

Dez minutos de uso do cigarro eletrônico, na concentração mais baixa, corresponde a fumar 30 cigarros comuns

Da redação
Publicado em 28/09/2022, às 14h17 - Atualizado às 16h11

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Vape - Pixabay
Vape - Pixabay

No Brasil, a lei não permite a produção e comercialização dos cigarros eletrônicos, mas seu uso não é crime e virou febre entre as pessoas, principalmente jovens, devido aos sabores e à tecnologia. Existem, inclusive, casos de crianças que morreram por envenenamento após usarem os cigarros eletrônicos dos pais.

Para se colocar em perspectiva, a dose de nicotina considerada potencialmente fatal para uma criança é de 10 mg. Um refil comum de 5 mL de líquido, na concentração de 18 mg/dL, possui 90 mg de nicotina, ou seja, nove vezes mais do que a dose potencialmente fatal.

Dez minutos de uso do cigarro eletrônico, na concentração mais baixa, corresponde a fumar 30 cigarros comuns (um maço e meio).

De olho no uso crescente desse item tão prejudicial, São Vicente criou a Lei 79/2022, que institui a "Campanha sobre os Malefícios do Uso do Cigarro Eletrônico", com o objetivo de orientar a população.

Além de 7 mil aromas e substâncias como o propilenoglicol, estanho, chumbo, ferro, níquel, cromo, nitrosaminas, grandes quantidades de formaldeído e acetaldeído, os cigarros eletrônicos também possuem compostos fenólicos, potenciais agentes cancerígenos para os pulmões, que também causam danos ao sistema nervoso central e aos rins.

O Ambulatório de Tabagismo de São Vicente foi inaugurado em 2017 e conta com duas unidades de atendimento. Uma na Área Insular – UBS Central (Av. Antônio Emmerich, 509 - Vila Cascatinha) e uma na Área Continental – UBS Ponte Nova (R. Salvador, 70 – Quarentenário).

Como funciona: são formados grupos de 15 tabagistas para o acompanhamento que dura quatro meses. A eles são oferecidos tratamentos para a dependência física (medicamentos e repositores de nicotina); grupo terapêutico de apoio para informar, conscientizar e tratar a dependência emocional, mental e comportamental, e ainda trabalhar na prevenção de recaídas.

A auriculoterapia ajuda na desintoxicação, tratamento de sintomas de abstinência, comorbidades, ansiedade, depressão e compulsão.

Para se inscrever basta ir a uma das unidades de saúde (acima) e deixar o nome na lista de espera para ser chamado quando o ambulatório iniciar um novo grupo.

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