Abrigo lotado de animais adultos para adoção revela preconceito velado, em São Vicente

Todos os animais são amáveis, independente de cor ou idade, seres inocentes merecem respeito e dignidade. Porém, por mais que grande parte da sociedade concorde com o amor empregado aos animais domésticos, pouco se faz por eles.

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O preconceito atinge camadas inimagináveis. O coração amargo de muitos humanos causa problemas e dificuldades em todos os lugares, prejudicando o próximo com futilidades inexplicáveis.

Esta é uma situação real e sentida por todos os cães sem raça definida, que são adultos ou idosos resgatados. Enquanto os seus semelhantes, filhotes ou cães de raça, são adotados em uma velocidade surpreendente, estes cães negligenciados passam anos esperando por um lar.

Sem entender os reais motivos dos humanos não se atentarem aos seus olhares dóceis e gracejos, os cachorros resgatados das ruas esquecem novamente como é ter fé.

Sandra Alvarenga, de 46 anos, protetora de animais e residente da cidade de São Vicente, litoral paulista, desabafa sobre as adversidades vividas por animais adultos: “A dificuldade é muito grande, ninguém quer, os velhinhos não têm chance”.

De acordo com a amante dos animais, atualmente, sob sua tutela há cerca de 30 cachorros resgatados. A grande maioria foi tirada das ruas em situações lastimáveis de saúde, levantando alto custo para tratamento veterinário.

“Resgatamos na intenção de tratar e cuidar e doar, mas é aí que ocorre o acúmulo de animais”, conta Sandra. Além das doações difíceis dos animais já adultos, a facilidade das doações dos filhotes também apresenta problemas.

“Filhotes, você posta, vai rápido. Conseguimos rápido, tentamos conscientizar que ele vai crescer”, relata, mesmo com avisos, termos de compromisso e muita conversa, alguns animais crescem e são devolvidos.

Caso esteja interessado (a) em dar um lar com amor e carinho para um pet adulto ou idoso, entre em contato com o número (13) 97412-2021.