A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de SP) multou nesta terça-feira (11) a Cooperativa de Transportes Rodoviários do ABC e a Petrobras Distribuidora S.A – Tecub em 5.001 Ufesp (Unidades Fiscais do Estado de SP), que correspondem a R$ 92.218,44, cada uma. O motivo foi o derramamento de 15 mil litros de diesel marítimo, ocorrido na véspera do feriadão da Independência (06), na rodovia Rio-Santos (SP-55), na altura da Praia de Maresias, situada na Costa Sul de São Sebastião. O acidente, em consequência do tombamento do veículo de placas DAO-9420, provocou o derramamento de toda a carga, atingindo o sistema de drenagem da rodovia e alcançando o córrego Canto do Moreira, situado no lado sul da praia de Maresias. Ainda de acordo com a Cetesb, com o final do trabalho de recuperação do produto vazado, os resíduos oleosos, juntamente com areia, vegetação e água contaminadas, foram armazenados em 14 bigbags e 16 tambores de 200 litros. Os materiais deverão ser encaminhados para empresas especializadas em tratamento de resíduos perigosos.
Parte dos 15 mil litros de diesel marítimo chegou ao marComo foi O acidente acontece por volta das 17h do dia 06. O motorista do caminhão teria perdido o controle, tombando o veículo, o que causou o despejo do óleo diesel na pista, após colidir com um poste de alta tensão. O vazamento do óleo diesel drenou para o rio do Canto do Moreira e daí para o oceano, causando o que está sendo classificado como o pior desastre ambiental na história da região. A mancha de óleo se espalhou para mais de metade da praia de Maresias e, conforme a prefeitura informou há registros de ocorrência em outras praias, como Toque-Toque Pequeno.
Apoio A Administração informou também que tanto a Petrobras quanto os responsáveis pelo transporte do combustível levaram muitas horas para providenciar apoio especializado na contenção do vazamento. Todo o trabalho, afirmou a prefeitura, se concentrou nas equipes da Defesa Civil e Ditraf (Departamento de Trânsito) do município, além da PM (Polícia Militar), que trabalharam horas, madrugada adentro, despejando areia, utilizando máquinas na pista, e auxiliando o trânsito.
Fechados Durante aproximadamente 3h turistas, moradores, veículos e pedestres ficaram impossibilitados de transitar pelo trecho de serra, pois a queda do poste de energia, em contato com o combustível que vazou, comprometeu a segurança de todos e os acessos de subida e descida da serra Boiçucanga/Maresias acabaram sendo fechados.
Curva da Morte Conforme o engenheiro agrônomo, André Motta Waegte, que acompanhou desde o início os trabalhos, “esse é um desastre imensurável e os impactos ambientais persistirão por anos.” Segundo o chefe da Defesa Civil, Carlos Eduardo, o local do acidente é conhecido como “Curva da Morte”. No mesmo dia, mas na parte da manhã, outro caminhão transportando equipamento de som tombou no mesmo local.
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