ALERTA DE ZOONOSES

São Sebastião investiga 7 casos de Leishmaniose e Esporotricose

Focos de zoonoses relacionados às doenças foram registradas nos bairros Portal da Olaria, São Francisco, Barequeçaba, Boraceia, Centro e Topolândia

Da redação
Publicado em 26/02/2022, às 15h51 - Atualizado às 17h13

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Fêmea de mosquito flebotomíneo, que representa a principal via de transmissão de 'Leishmania spp' Leishmania spp - Mosquito palha - Reprodução internet
Fêmea de mosquito flebotomíneo, que representa a principal via de transmissão de 'Leishmania spp' Leishmania spp - Mosquito palha - Reprodução internet

A prefeitura de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, divulgou na tarde desta sexta-feira (25), que está investigando sete focos de zoonoses, sendo quatro relacionados a casos de Leishmaniose e três referentes à Esporotricose.

Segundo a administração municipal, os animais foram acometidos nos bairros Portal da Olaria, São Francisco, Barequeçaba, Boraceia, Centro e Topolândia.

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A investigação da Secretaria de Saúde (SESAU), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), informou que atende a sete notificações recebidas via Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde. A primeira foi em dezembro e os casos estão sendo monitorados desde então.

Uma equipe técnica do CCZ, composta por biólogo e veterinários, vai aos locais de foco e nos entornos para realizar busca por animais suspeitos e prestar orientações à população. Eles pedem que, caso observem em seu animal alguma ferida de pele que não cicatriza, especialmente na cabeça ou nariz, entrem em contato com o veterinário de confiança ou com o CCZ.

Ainda de acordo com a pasta, quando for notificado oficialmente, o CCZ conduzirá uma ação de investigação de foco nos locais, avaliando clinicamente os animais e coletando material para exame. Em caso positivo, os proprietários serão orientados sobre o tratamento e cuidados para se evitar o contágio.

A equipe técnica também participa de reuniões com a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), instituição de referência, a fim de obter apoio deste órgão em ações conjuntas com o município. Nessas reuniões, solicitaram algumas capacitações específicas para a realização de atividades de campo e laboratoriais, de identificação e monitoramento de vetores.

Também estão alinhando a implantação do sistema de vigilância passiva da Doença de Chagas, por meio da instituição dos Postos de Informação em Triatomíneos-“Barbeiros” (PIFT’s) em Unidades de Saúde pré-determinadas. Os locais receberão insetos suspeitos, via população e encaminhamento ao CCZ, para investigações de foco e prestação de orientações.

Doenças

A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita, do gênero Leishmania spp, sendo uma zoonose de grande relevância e de notificação compulsória e que se apresenta sob duas formas, sendo uma de manifestações cutâneas, com feridas de difícil cicatrização e destruição de mucosas e a outra visceral, com o aumento de fígado e do baço e emagrecimento severo, podendo ser considerada uma doença incapacitante em seres humanos.

Essa doença acomete animais de sangue quente, silvestres, como gambás e quatis, e domésticos, além do ser humano. Sua transmissão se dá por meio da picada de um mosquito da Família Flebotominae, conhecido como “mosquito-palha”, encontrado em regiões de mata e proximidades da mesma, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como certas regiões do Brasil, sendo considerada tropical.

A Esporotricose, por sua vez, é uma infecção causada por fungos do Gênero Sporothrix, que acomete o homem e diversas espécies animais, como cães, gatos e tatus, entre outros, cuja manifestação característica é o aparecimento de ferimentos e úlceras na pele e nas mucosas, com a destruição destas.

Infecção causada por fungos do Gênero Sporothrix, que acomete o homem e diversas espécies animais Esporotricose (Reprodução: FAPERJ)

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