São Sebastião investe 7% do orçamento no Hospital de Boiçucanga

Costa Norte
Publicado em 12/08/2011, às 16h09 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h21

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Por Ana Cláudia Gomes  

  O equivalente a quase 7% do orçamento de São Sebastião serão investidos na construção do Hospital Municipal de Boiçucanga, na Costa Sul. Serão cerca de R$ 23 milhões no equipamento, que é uma reivindicação da comunidade, segundo o prefeito Ernane Primazzi (PSC). Ele participou do programa ‘Café da Manhã’, da TV Costa Norte – Canal 48 UHF, nesta quarta-feira (10).  “Alguém tem que fazer”, comentou o prefeito, ao ser questionado sobre o valor, proveniente de verbas municipais. O edital de concorrência foi aberto no início deste mês e a previsão é que seja entregue no 1º semestre do ano que vem. “Se tudo tivesse ocorrido de forma natural, em dezembro deste ano seria entregue”, disse Primazzi, referindo-se às dificuldades encontradas para aprovação do projeto – em audiências públicas -, que previa a construção de um heliponto. “Fizemos umas adaptações e, caso seja aprovada lei mais tarde, o hospital poderá receber helicópteros”.  Estrutura  O Hospital de Boiçucanga contará com 65 leitos, cerca de 10 consultórios de atendimento médico, entre pronto-atendimento e agendamento. A unidade também vai contar com UTI neonatal de 4 leitos, 2 salas de parto e 3 salas cirúrgicas com apoio de recuperação pós-operatório e UTI para até 7 leitos.  Usina de lixo  Contrariando o pensamento de muitos chefes do Executivo, o prefeito de São Sebastião propõe a criação de uma usina de beneficiamento de lixo no município. “A proposta é uma usina biomecânica e não térmica”, explicou.  Ele ainda revelou que já conta com uma carta de intenção dos municípios vizinhos Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela para a implantação da usina que atenderá as 4 cidades. “São Sebastião vai doar o terreno e não investirá nada”, afirmou.  Segundo Primazzi, uma usina produz 10% de resíduos, que, ao final do beneficiamento, devem ser descartados. “Em São Sebastião são produzidas 100 toneladas de lixo por dia. Com a usina térmica, seriam 10 toneladas de resíduos e continuaríamos com o mesmo problema”.  Benefícios  A usina biomecânica produz o resíduo conhecido como CDR (Combustível Derivado dos Resíduos), uma espécie de carvão utilizado em fornos. “Existe uma demanda grande para esse tipo de material, inclusive, do Exterior”. Além disso, conforme assegurou o prefeito, a usina biomecânica, aproveita 40% do chorume, na própria usina, o restante é de CDR, que pode ser comercializado.  Custo  A previsão é de que a usina, que é hermeticamente fechada e, por isso, não produz cheiro, custe cerca de R$ 100 milhões. Atualmente, São Sebastião gasta R$ 5 milhões por ano com o transbordo do lixo que vai para o aterro sanitário de Tremembé, no Vale do Paraíba.  Duplicação da Tamoios  Outro assunto abordado com o prefeito foram as obras de duplicação da Rodovia dos Tamoios, que liga o Planalto ao Litoral. Apesar de reconhecer a importância das obras para a região, Primazzi defende a implantação de uma alça de acesso entre Caraguatatuba e o Porto de Santos. “Não adianta estrada nova, sem alça de acesso”, reclamou o prefeito, que considera a rodovia Rio-Santos como uma avenida que atravessa a cidade e poderá ficar sobrecarregada com a duplicação da Tamoios. 

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