Projeto Bijupirá gera emprego e renda para pescadores

Costa Norte
Publicado em 02/12/2012, às 10h24 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h53

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Por Ana Cláudia Gomes [email protected] Geração de emprego e renda, repovoamento de peixes, alimentação escolar, preservação ambiental. Esses são os benefícios agregados ao ‘Projeto Bijupirá’, inaugurado pela prefeitura de São Sebastião, nesta quarta-feira (28), na Praia Grande. A Unidade de Proteção de Alevinos Marinhos é um projeto socioambiental desenvolvido em parceria com a iniciativa privada. O projeto consiste em acompanhar a desova e o desenvolvimento de peixes da espécie bijupirá, em tanques apropriados. Os alevinos, isto é, peixes recém-saídos dos ovos, serão distribuídos para pescadores, que acompanharão a produção. De acordo com o prefeito Ernane Primazzi (PSC), o projeto atinge diversas finalidades, uma delas é a geração de emprego e renda para os pescadores, principalmente na época do defeso. “Eles participarão de cursos de qualificação e poderão solicitar financiamentos do governo federal para a instalação dos tanques no mar”.

Meio ambiente O objetivo da preservação ambiental é atingido na medida em que o projeto também evita a pesca de arrasto, prejudicial às espécies marinhas. Outro ponto ambientalmente sustentável refere-se ao aproveitamento das vísceras de peixes descartados comercialmente. “O bijupirá se alimenta desse rejeito. Assim, diminuímos um grande problema que é o descarte dessa material no lixão”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Hipólito do Rego.

Processo O Projeto Bijupirá conta com parceria da Maricultura Itapema. O processo para produção do peixe inicia com a desova em tanques apropriados, que ocorre naturalmente, quando a água atinge de 26 graus a 28 graus. Os ovos são coletados e encaminhados para uma estrutura de maturação. Após 24h, eles eclodem e são encaminhados para outro tanque, onde recebem alimentação até atingir de 03 a 05 gramas. “A partir desse momento, eles já podem ser transferidos para o mar”, explica o diretor da empresa, Cláudio Deneoux. Os peixes ficam em tanques-redes, que são estruturas cilíndricas com redes, chamadas de fazendas marinhas, por volta de 18 meses, até atingir o ponto de abate, de 04 a 06 kg. Esse último processo será realizado em parceria com os pescadores da região, que poderão comercializar o bijupirá.

Custo O Projeto Bijupirá não teve custo para o município, de acordo com o prefeito. Uma PPP (Parceria Público-Privada) viabilizou o projeto. “A municipalidade cedeu o local, que deveria ser próximo ao mar, e fez gestões para aprovação ambiental na Cetesb e Ibama”, explicou Primazzi. A Câmara aprovou a cessão do espaço para a iniciativa privada, que está viabilizando o projeto.

Merenda A expectativa é de que daqui a 18 meses a produção atinja níveis satisfatórios e 20% dessa produção será destinada para a merenda escolar. O nome bijupirá vem do tupi-guarani: bijo significa saboroso e pirá, peixe.

Com boa textura, bijupirá aceita bem qualquer tipo de preparo

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