CRUELDADE COM ANIMAIS

Ninho de coruja é vandalizado em São Sebastião e choca populares

Prefeitura repudia ato de vandalismo contra a fauna e flora local

Da redação
Publicado em 24/10/2021, às 18h11 - Atualizado às 18h13

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Coruja-buraqueira é alvo de vândalos no Litoral Norte de São Paulo - Divulgação
Coruja-buraqueira é alvo de vândalos no Litoral Norte de São Paulo - Divulgação

A Prefeitura de São Sebastião, por meio do Departamento Socioambiental da Secretaria do Meio Ambiente (SEMAM), monitora os ninhos de coruja-buraqueira (Athene cunicularia) que se encontram no município.

Há três bairros que possuem ninhos da espécie (Praia Grande, Canto do Mar e Enseada), espaços zelados pela SEMAM e controlados para proteção da espécie, considerada um animal silvestre.

Infelizmente, foram registrados atos de vandalismo nos ninhos de corujas-buraqueiras, crime que afeta a fauna local e compromete a reprodução da espécie no município.

Conforme a Lei nº 9.605/1998, no Art. 29, “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, sem a devida permissão, licença ou autorização” pode acarretar pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

Diante disso, a Prefeitura por meio de nota, solicita aos munícipes que preservem o meio ambiente, respeitem o espaço das aves e não se aproximem dos ninhos. Caso testemunhe qualquer crime ambiental, entre em contato pelo telefone (12) 3892-6000, das 9h às 16h, e denuncie.

Sobre a coruja-buraqueira

Segundo informações da Biblioteca Digital de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é a coruja mais avistada no país, com hábitos mais diurnos que noturnos. De coloração marrom, com sobrancelhas e região da garganta na cor branca, a espécie costuma ser avistadas empoleiradas em troncos de árvores, mesclando-se à tonalidade da madeira.

O nome de "buraqueira" deriva do hábito da espécie em viver em ninhos cavados no solo, construídos por elas mesmas ou adaptados em buracos abandonados por outros animais (como tatus, por exemplo) em locais planos e abertos, como gramados e campos de futebol. É uma espécie territorialista, os adultos defendem o ninho com voos rasantes contra invasores, predadores e agressores, inclusive o ser humano.

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