Moradores do litoral norte de SP recebem curso para atuar em situações emergenciais

Cerca de 700 moradores do litoral norte de São Paulo terão a oportunidade de concluir um curso preparatório para situações emergenciais, seja em relação a catástrofes naturais ou acidentes. A ação, chamada de Agente Capaz, teve início em Juquehy, bairro da costa sul de São Sebastião, e é promovida pela ONG Gerando Falcões em parceria com a Humus, uma associação de ajuda humanitária sem fins lucrativos. As aulas começaram na segunda-feira (7) e seguem amanhã, quinta-feira (10).

Ao todo serão quatro turmas de 30 pessoas, totalizando cerca de 120 participantes, que se reunem na sede da Sociedade Amigos de Juquehy. O curso exercita disciplinas que vão desde a percepção de risco e prioridades a ações de fuga e técnicas de resgate.

De acordo com Ricardo Lindenbojm, coordenador de operações da Gerando Falcões, o objetivo é capacitar as pessoas residentes nas localidades atingidas pelas fortes chuvas do início do ano: “Este treinamento vai explicar aos moradores o que fazer em situações extremas, como a chuva que caiu em fevereiro. Nossa meta é ajudar a salvar o maior número de pessoas. Ao todo serão treinados 720 moradores de toda a costa sul [de São Sebastião]”.

Além do curso que acontece em Juquehy, o mesmo treinamento será oferecido aos moradores da Vila Sahy e Baleia Verde, além de Camburi, Maresias e demais localidades: “Os participantes poderão compartilhar o que foi aprendido aqui nas aulas com outras pessoas, tornando assim as comunidades ainda mais preparadas para estes eventos intensos”.

O que é ensinado aos moradores

Durante o treinamento os alunos têm a chance de saber como agir diante de casos emergenciais, como explica Leonard Farah, co-fundador da Humus: “Essas pessoas vão sair daqui sabendo o que fazer nesses momentos extremos, como por exemplo sair de um carro que está em uma enchente ou até fazer uma ressuscitação cardiopulmonar”.

Apesar de ter o objetivo de preparar os moradores para situações difíceis, este treinamento é de nível básico, ou seja, sem a finalidade de capacitar os participantes para atuar em zonas de extrema periculosidade, como é o caso de deslizamentos ou fortes enchentes: “Quem fica responsável por esta atuação são os órgãos competentes, no caso o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil”, explica Leonard.

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