Por Ana Cláudia Gomes
As 51 famílias que estão em área de risco iminente no bairro Vicente de Carvalho II, em Bertioga, por conta das obras de aterramento realizadas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do Governo do Estado, começaram a se retirar do local esta semana. O prazo termina na próxima segunda-feira (03). De acordo com o diretor da CDUH na Baixada Santista, Luiz Carlos Rachid, grande parte das casas já foram desocupadas. Os moradores que constavam do cadastro da empresa já receberam a 1ª das 6 parcelas, de R$ 400, a título de aluguel social. “Após esse período, eles já poderão ir para as novas casas [no mesmo bairro]”, confirmou Rachid. As famílias que não possuem cadastro também já receberam a 1ª das 6 parcelas, mas no valor de R$ 300. Esses ainda receberão uma carta de crédito para aquisição de uma nova unidade habitacional.
Cadastro Esta semana, a reportagem do JCN (Jornal Costa Norte) foi procurada por um dos moradores do bairro, informando que um novo cadastro teria sido realizado. Desta vez, no entanto, contemplava a pessoa que estava ocupando o imóvel no momento da visita dos técnicos da CDHU. Teria sido o caso da ex-mulher de um dos moradores, que afirmou que alugou o imóvel e o locatário, que estava na casa no momento da visita dos técnicos, acabou sendo o beneficiado. “Ele estava na casa há 2 dias”, disse o morador, que ainda afirmou já ter entrado na Justiça para garantir o direito de sua ex-mulher. Ele ainda comentou que outras pessoas estão com dificuldade de deixar os imóveis, porque não encontram outro local para morar. “O prazo deveria ser maior”, reclamou o morador, comentando também que em momento algum eles foram avisados sobre essa saída do bairro, antes da conclusão das novas casas.
Histórico Segundo Rachid, diante do risco iminente, devido ao aterramento, a CDHU considerou mais seguro retirar as famílias do local e está tomando as providências para dar garantias de uma nova moradia. Sobre o cadastro, o diretor afirma que a informação de um novo cadastro, feito esta semana, não procede. “O que vale é o cadastro feito inicialmente, pois conta com um histórico de acompanhamento. Mas o caso pode ser apurado”. Rachid ainda informou que as pessoas que tiverem alguma dúvida podem procurar o escritório da CDHU, que fica no próprio bairro, ao lado da Padaria do Manolo.
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