Cerca de 150 alunos da EM Profª Nair Ribeiro de Almeida estão no Instituto em tempo integral
O Instituto Verdescola acolhe, desde o dia 20 de março, 148 alunos da EM Profª Nair Ribeiro de Almeida, que foi a unidade escolar mais afetada pelas chuvas em 19 de fevereiro, em São Sebastião, e desde então está interditada pela Defesa Civil.
A escola está localizada no bairro de Juquehy e não tem previsão de ser liberada para as aulas. São alunos de cinco turmas: duas do 6º ano, duas do 7º ano e uma do 9º ano que estariam no ensino remoto, em decorrência da fatalidade.
Estas crianças e jovens já frequentavam o contraturno escolar e, neste momento, ficam na ONG em tempo integral. Segundo a gerente pedagógica Elane Tonin, os alunos trazem a apostila com as tarefas da semana da escola e estudam no Verdescola.
“Aqui eles estão amparados e podem tirar dúvidas com educadores do Instituto. Além, disso, , praticam esportes e usam a nossa plataforma, chamada Plurall Adapta, da Somos, que agrega no processo de aprendizagem”, explica Elane.
A Plurall Adapta tem uma proposta de ensino 100% personalizada para as necessidades do aluno de cada ano, baseado nos estudos da neurociência e inteligência artificial. As atividades são todas gamificadas, isto é, em formato de jogos, e o aluno aprende, literalmente, brincando.
A mãe da aluna Maria Rita, de 11 anos, Milena Pinheiro Santos, ficou agradecida pela iniciativa. “Se o Verdescola não abrisse as portas ela enfrentaria dificuldades para estudar. Ela teria apenas aulas remotas. Como eu trabalho o dia inteiro aqui na Vila Sahy, não teria condição de ajudá-la nos estudos nem de buscar o material toda semana em Juquehy. Estamos morando em uma pousada em Camburi e seria contramão para mim”, declarou Milena, que trabalha como confeiteira.
Segundo a prefeitura, a escola sofreu alagamento com a entrada de um volume considerável de lama no pátio e nas salas. Houve perda de playgrounds e mobiliário escolar além de avarias nos telhados, sendo interditada pela Defesa Civil e impossibilitada de receber os estudantes. “Conseguimos acolher os alunos que já eram nossos no contraturno e garantimos que sejam assistidos durante o horário de aula. No outro período, eles mantiveram a rotina já estabelecida aqui, com aulas de robótica, programação, Cultura Maker e esportes”, explica Maria Antonia Civita, fundadora do Instituto Verdescola.
Segundo a Secretaria da Educação, os 1.200 alunos da escola foram realocados para outros espaços ou estão em ensino remoto.
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