Imagens foram divulgadas no último domingo (5) e mostram a maré invadindo a faixa de areia
A força do mar destruiu, no último domingo (5), um carrinho de venda ambulante na praia de Maresias, em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo.
Quando a maré subiu (maior volume de água na faixa de areia) atingiu o carrinho, que foi levado pelas ondas. Com o auxílio de uma corda, banhistas conseguiram puxar a estrutura. O carrinho ficou totalmente destruído.
O incidente ocorreu na entrada oito da praia de Maresias, bastante conhecida mundialmente pelas grandes ondas.
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Nas redes sociais, internautas se solidarizaram com a perda do equipamento de trabalho do ambulante.
“Misericórdia! Que Deus ajuda essas pessoas que estão trabalhando para o sustento de suas famílias”, escreveu uma internauta.
A praia de Maresias é conhecida por grandes ondas e a força do mar, principalmente em período de ressacas.
Foi o que ocorreu no último final de semana, ocasionando a destruição de um carrinho de ambulante.
A chegada de ondas violentas à costa começa quando rajadas de vento fazem subir o nível do oceano e aumentam, já em mar aberto, o tamanho dos vagalhões. Impulsionada por correntes marítimas, a massa de água caminha com velocidade crescente até encontrar o litoral.
Ao chegar à praia, o mar agitado inunda a faixa de areia e as ondas quebram bem próximas da orla. A força da ressaca costuma alagar venidas e danificar construções à beira-mar – há também relatos de banhistas tragados pelo mar e levados para longe da praia pelas fortes correntes marítimas
“No Brasil, as ressacas são quase sempre causadas por frentes frias que atingem o Sul e o Sudeste. Podem ocorrer dezenas de vezes por ano, mas, felizmente, é possível prevê-las até cinco dias antes”, diz o oceanógrafo Joseph Harari, da USP.
Inspirados na destruição marítima, os bebedores exagerados apelidaram de ressaca aquele mal-estar típico após uma bebedeira.
“A palavra deriva do espanhol resaca, cujo sentido original designa o refluxo das ondas do oceano. No Brasil e em Portugal, o termo ganhou um significado metafórico, pois quem bebe demais também passa por muita turbulência na manhã seguinte”, afirma o linguista e tradutor John Robert Schmitz, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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