MEIO AMBIENTE

Drone ajudará em reflorestamento de áreas degradadas em São Sebastião

O drone fará a cobertura de 208 hectares, equivalente a 200 campos de futebol, lançando uma média de 20 mil cápsulas biodegradáveis

Gabriela Petarnella
Publicado em 29/08/2023, às 10h00

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Drone desenvolvido com alta tecnologia para reflorestamento de áreas inacessíveis - Ambipar Group
Drone desenvolvido com alta tecnologia para reflorestamento de áreas inacessíveis - Ambipar Group

Em iniciativa inovadora, drone que lança biocápsulas com sementes chegará a São Sebastião para auxiliar nos esforços de reflorestamento das áreas devastadas pela catástrofe que atingiu o município em fevereiro deste ano. 

A técnica de restauração ecológica foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros e promete revitalizar regiões degradadas, especialmente nas encostas íngremes como as da Serra do Mar, que são inacessíveis e impossibilitam o platio manual. 

Em São Sebastião, o objetivo é reflorestar cerca de 208 hectares, área equivalente a 200 campos de futebol, por meio de um drone desenvolvido especialmente para semear e capaz de lançar aproximadamente 20 mil sementes por voo, abrangendo uma área de um hectare a cada sobrevoo. 

Para garantir a diversidade e a resiliência do ecossistema a ser restaurado, foram escolhidas mais de 20 espécies de plantas nativas do rico bioma da Mata Atlântica - Floresta Ombrófila Densa. As sementes serão alocadas dentro das biocápsulas, criadas a partir de cápsulas descartadas pela indústria farmacêutica (por defeitos ou validade expirada) e passarão por um tratamento em laboratório para se tornarem naturais, biodegradáveis e isentas de contaminações. 

O processo combina as sementes nativas da região com o condicionador Ecosolo que enriquece o solo com micro e macronutrientes. Quando expostas à água, estas cápsulas se dissolvem, transformam-se em um gel que libera as sementes e os nutrientes diretamente no solo e tornam o reflorestamento mais viável e seguro.

O projeto é uma colaboração entre o Instituto de Conservação Costeira (ICC), a Atlântica Consultoria Ambiental e o Grupo Ambipar e tem previsão de duração de dois anos, sendo o primeiro ano dedicado ao plantio das sementes, enquanto o segundo ano será reservado para a fase de monitoramento. 

A estimativa é de que os primeiros sinais visíveis de regeneração possam ser observados cerca de três meses após o lançamento inicial, embora este tempo possa variar de acordo com as condições climáticas. Caso necessário, há a possibilidade de reaplicações ao longo do processo.

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