Em 12 anos de história, a oficina de Dança de Rua do coreógrafo José Roberto Rocha Júnior já coleciona muitos prêmios, graças ao desempenho do grupo Descendentes de Rua, mantido por ele. A oficina faz parte da Fundação Cultural e Educacional Deodato Santana, ligada à Sectur (Secretaria de Cultura e Turismor) de São Sebastião. Em todo este tempo, já passaram pelo grupo, iniciado de forma independente, mais de 500 alunos. Segundo Rocha, o começo foi bem difícil, mas, hoje, colhe os frutos da perseverança. “No começo nossas apresentações aconteciam em locais que não eram apropriados, mas participávamos mais como demonstração. Lembro que, na época, sofri um pouco de resistência porque já existiam grupos estabelecidos no município”, observou. O grupo conta com diversos prêmios. Entre eles, 45 primeiros lugares, 27 segundos e 23 terceiras colocações. O Descendentes levou ainda 15 premiações de destaque da competição. Sobre os prêmios, Júnior considera o mais importante, a conquista do primeiro Mapa Cultural Paulista, fase municipal. “Sem dúvidas, foi o divisor de águas; ali fomos reconhecidos e isso atraiu ainda mais interessados em entrar no grupo”. O coreógrafo falou, também, sobre a classificação para a etapa internacional do Festival de Hip Hop de Las Vegas: “Este foi muito importante para nós. Hoje, são 35 alunos no grupo principal; 15 no intermediário; e 18 alunos no grupo infantil”. Sobre os alunos, ele afirmou não fazer distinção entre as idades: “Tenho alguns com idade mínima de sete anos e outros com 31, idade máxima permitida, mas não faço distinção entre eles por conta disso; tendo disposição, podem fazer as aulas. Todos são bem-vindos”. O coreógrafo José Roberto Rocha Júnior começou na dança de rua e aeróbica muito cedo e foi buscar formação profissional em Poços de Caldas, Minas Gerais. Após os cursos, ele tirou a carteira de coreógrafo e iniciou o trabalho, a princípio, com um grupo de amigos, depois veio o contato para trabalhar nas oficinas, começando primeiro com o grupo. Porém, foi questão de meses para que o reconhecimento viesse e se tornasse professor das Oficinas Culturais da Sectur. Para ele, o papel das oficinas é muito mais que apenas entreter crianças e jovens no contraturno escolar. “Acredito que o principal aqui é inclusão social, o trabalho com a sociedade, e a visão cultural”, enfatizou. “No meu grupo, trabalho também a musicalidade, a música brasileira e agrego outras áreas. Acho muito importante que meus aluno façam algumas atividades, como as aulas de teatro, por exemplo”. Serviço: o Centro Cultural São Sebastião Batuíra fica na rua Martins do Val, s/n, no São Francisco, região central da cidade.
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