DESASTRE NO LITORAL

“Demos sorte de não morrer”, diz morador de São Sebastião

Barqueiro afirma que passou por morro pouco antes de deslizamento durante chuvas que arrasaram litoral de SP

Da redação
Publicado em 24/02/2023, às 13h28 - Atualizado às 14h46

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Barqueiro Osmar Santos, durante entrevista ao Portal Costa Norte “Demos sorte que não morremos”, diz morador de São Sebastião Homem apreensivo - Imagem: Sistema Costa Norte
Barqueiro Osmar Santos, durante entrevista ao Portal Costa Norte “Demos sorte que não morremos”, diz morador de São Sebastião Homem apreensivo - Imagem: Sistema Costa Norte

Um barqueiro de São Sebastião, cidade mais arrasada pelas tempestades do último fim de semana no litoral de São Paulo, relata ter testemunhado um cenário de devastação nas primeiras horas do desastre. 

Morador da região da Barra do Sahy, na área mais afetada de São Sebastião, Osmar dos Santos relata que, ainda sem saber da dimensão que o desastre tomaria, saiu com familiares e outros barqueiros na madrugada de domingo (19) para retirar seu barco da praia assim que a chuva começou a dar sinais de que seria volumosa.

“Começou a chover às oito e meia. Aí, a gente foi tirar os barcos [à] uma hora da manhã, lá na Barra do Sahy, mas quando chegamos já estava tudo alagado”, relembrou Osmar em entrevista ao Portal Costa Norte nesta quinta (23).

Com a água subindo, Osmar relata que resolveu voltar para sua casa e passou por um morro. Horas depois, diz ele, o morro ruiu. “Depois que a gente passou, às três e pouco, acho, que começou a cair todo o morro. Ficamos a noite toda acordados eu, minha esposa e meus filhos. A gente não conseguiu nem dormir porque era tanta barreira caindo pra tudo que é lado. A gente deu sorte de não morrer, já que a barreira caiu depois que a gente passou”.

Vítimas das chuvas no litoral de São Paulo

Segundo informações do último boletim do governo estadual, da manhã desta sexta (24) até o momento, foram confirmados 54 óbitos por causa das chuvas, alagamentos e deslizamentos no litoral de São Paulo, sendo 53 em São Sebastião e um em Ubatuba. São 13 homens adultos, 12 mulheres adultas e 13 crianças. Trinta e oito corpos (38) foram identificados e liberados para o sepultamento.

Mais de 4.000 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. 

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