Cerca de 200 pessoas participaram da 2ª audiência pública, em São Sebastião, destinada a debater o PLC (Projeto de Lei Complementar) 22/10, de autoria do Executivo, que visa alteração da lei de uso e ocupação do solo para a construção de um hospital de média complexidade em Boiçucanga.
Durante o encontro, realizado pela Câmara, o prefeito Ernani Primazzi (PSC), respondeu aos questionamentos dos cidadãos e considerou a possibilidade de estudar a compra de outro terreno para a instalação do hospital. A comunidade considera o local proposto inadequado, uma vez que se encontra em área residencial, próximo à praia.
Heliponto e caixa d’água
Outros dois pontos questionados foram a necessidade da construção do heliponto no edifício e a instalação de uma caixa d´água com maior capacidade. Mas devido a altura de ambas as construções, essas duas medidas impediriam a aprovação do edifício pela lei de uso e ocupação do solo do município. Por isso, a necessidade da realização da audiência pública para alteração da lei especificamente para o projeto do hospital no terreno em Boiçucanga.
Outro terreno
Uma das propostas apresentadas pelos munícipes foi a aquisição de um terreno maior, com 10 mil m², situado às margens da rodovia Rio-Santos, em Cambury, cujo proprietário está disposto a vendê-lo por um preço menor em relação ao que foi pago pelo espaço existente em Boiçucanga.
Segundo o prefeito, a área escolhida para a construção do hospital se deve ao fato do bairro Boiçucanga ficar em lugar estratégico. “É o centro comercial da região e possui a maior concentração populacional”, frisou. “Queremos a participação da comunidade, mas isso precisa ser ágil para começarmos a construção do hospital”, completou Ernane.
Descentralização
A justificativa para a construção do hospital em Boiçucanga também se deve ao fato de que cerca de 40% dos atendimentos realizados no Hospital de Clínicas, no centro da cidade, são de moradores da Costa Sul e isso torna necessária a descentralização dos serviços.
Câmara
O presidente da Câmara, Arthur Ballut (PSDC), aguardará um posicionamento da prefeitura em relação à alternativa proposta para saber se haverá uma nova audiência.
A unidade
O hospital terá 66 leitos e contemplará UTI (Unidade de Terapia Intensiva), maternidade e UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O projeto prevê a construção de um complexo hospitalar devidamente planejado, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo a prefeitura, o PA (Pronto Atendimento) de Boiçucanga, será desativado tão logo o empreendimento entre em operação.
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