O secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipólito do Rego, esteve nesta quinta-feira (23) vistoriando o início das obras do projeto Bijupirá, que está sendo executada no Balneário dos Trabalhadores, região central do município. De acordo com o secretário, a obra teve seu início devido ao fenômeno sizigia, ou seja, maré que se destaca com período da lua, tornando-se favorável a introdução das tubulações que serão utilizadas na captação da água do mar, contemplado dentro do Bijupirá. “É uma maré vazante que proporciona a colocação desses tubos”, explicou Hipólito.
Necessária Ainda segundo Hipólito, a vistoria se faz necessária porque marca efetivamente o começo do projeto. “Está tudo sendo executado perfeitamente. Como é o início das obras, o prefeito [Ernane Primazzi] achou melhor acompanhar pessoalmente até mesmo para tranquilizar as pessoas que frequentam o Balneário. São providências importantes para o desenvolvimento do projeto”, ressaltou.
Projeto O Bijupirá consiste em um laboratório de produção de alevinos (larva do peixe logo após seu nascimento). Socioambiental, ele visa melhorar as condições de vida da comunidade sebastianense, dando opção para diversificar sua atividade gerando aumento da renda e assegurando o direito do pescador de retirar seu sustento dos ecossistemas marinhos. Hipólito, acredita que o projeto torna possível realizar sonhos, de capacitar o pescador a produzir, de levar o bijupirá para a merenda escolar, de repovoar a costa com um peixe das nossas águas, e de dar atenção que o caiçara merece. “Além de tudo vamos ganhar uma sala de aula viva, onde o aluno da rede municipal poderá acompanhar todas as etapas da produção e entender a importância de realizar esse sonho”, concluiu o secretário.
O peixe O Bijupirá é um peixe nativo presente na costa brasileira apreciado pelo sabor e textura da sua carne. Ele apresenta características importantes para a viabilidade de cultivo como crescimento acelerado, podendo chegar a 6 kg em um ano, e excelente conversão alimentar. A reprodução e o desenvolvimento de alevinos são integralmente feitas de forma natural sem uso de hormônios ou aditivos químicos.
Reprodução Para a reprodução de alevinos, os grupos de reprodutores (9 a 12 peixes de 4 a 6 kg), são mantidos em terra em tanques de maturação com renovação continua de água do mar. A fêmea desova naturalmente no início do Verão quando a água atinge os 28 graus. Os ovos fertilizados pelos machos bóiam e são retirados do tanque por peneiras. Dos ovos nascem as lavas que são alimentadas inicialmente por microalgas e posteriormente com pequenos crustáceos.
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