Forte enxurrada destruiu parte da vegetação entorno da Cachoeira de Toque-Toque Grande e deu espaço a um paredão de rocha
Há exatos um mês, um forte temporal atingiu o litoral de São Paulo e deixou um rastro de destruição em vários pontos da região. Devido à forte enxurrada, a Cachoeira de Toque-Toque Grande, localizada em São Sebastião, ganhou uma nova paisagem após ter parte de sua vegetação arrancada.
Uma equipe de reportagem do Portal Costa Norte esteve no local um mês após a tragédia e registrou imagens de como ficou a famosa cachoeira de Toque-Toque Grande antes e depois da tragédia. Veja abaixo.
No início da noite do dia 18 de fevereiro, sábado de Carnaval, iniciava uma forte chuva que só cessou na manhã do dia seguinte, o temporal que atingiu o litoral naquelas horas foi o maior já registrado nas últimas décadas.
A Cachoeira de Toque-Toque Grande, que normalmente só tem um fio de água, foi completamente transformada pelo grande volume de água, que formou uma tromba d'água arrastando tudo que estava em seu caminho, principalmente a vegetação. O nível de água foi tão volumoso que cobriu a rodovia Rio-Santos de lama e entulho, a via ficou interditada por vários dias.
A cachoeira Toque-Toque Grande possui cerca de 30 metros de queda d’água e fica à beira da Rodovia Rio Santos, entre as praias Toque-Toque Grande e Toque-Toque Pequeno, e a 19 km do Centro da cidade.
A famosa queda d’água que fica a cerca de 900 metros da praia, não é uma das cachoeiras mais bonitas, mas pode ser um bom programa conhecê-la pra quem gosta desse tipo de atrativo.
Desde a tragédia, a Defesa Civil do município interditou a cachoeira para visita de banhistas. Para conhecer essa e outras cachoeiras do litoral paulista é aconselhável solicitar uma agência de guia turístico de sua preferência para ter uma experiência segura.
A tragédia que atingiu a cidade de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, completa um mês. Foram 65 mortos e mil pessoas desabrigadas, após a maior chuva registrada em 24 horas na história do Brasil, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais e do Instituto Nacional de Meteorologia.
O diretor de comunicação da Defesa Civil estadual, tenente Roberto Farina, afirmou que o caso “vai ficar marcado na história do estado de São Paulo, e do Brasil.”
Ele explicou que a Defesa Civil ainda está trabalhando, desta vez para “continuar as políticas públicas que foram norteadas e definidas no gabinete de crise.”
Em entrevista recente à imprensa, Farina reforçou que a crise teve fases: “A primeira foi a situação de risco, com acolhimento das pessoas, em um segundo momento.”
“Paralelamente, tivemos o retorno de trazer novamente a infraestrutura danificada, como as rodovias, estruturas de água, esgoto e parte elétrica.”
No momento, a fase é “de pós-crise", com assessoria e gerência de apoio para continuar as políticas públicas estabelecidas de prevenção.
De acordo com o tenente Roberto Farina, o plano envolve um conjunto de fatores, como aquisição sirenes, previsões meteorológicas, planos preventivos das chuvas de verão, para “se antever a essas catástrofes.”
“Vamos refinar dados e trabalhar como vai chegar a informação para a população”, completou.
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