A PUREZA DAS CRIANÇAS

Super herói? Médico? Astronauta? Nada disso; Bruninho quer mesmo é ser lixeiro

"As pessoas viram ele na rua com a roupa de lixeiro e falaram, ‘nossa! Ele quer trabalhar de lixeiro? Não deixa não.' Mas como é um trabalho honesto eu não julgo meu filho não. Se ele quiser ser lixeiro ou gari vai ter sempre o meu apoio”, declarou a mãe, como uma leoa que protege o filho

Da redação
Publicado em 26/02/2021, às 11h21 - Atualizado às 11h48

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Bruninho (no centro da imagem) quer ser coletor de lixo quando crescer. Apesar do trabalho ser desvalorizado, mãe acredita que todo trabalho honesto é digno. Bruninho quer ser gari Bruninho quer ser lixeiro - Foto: Reprodução / Acervo pessoal
Bruninho (no centro da imagem) quer ser coletor de lixo quando crescer. Apesar do trabalho ser desvalorizado, mãe acredita que todo trabalho honesto é digno. Bruninho quer ser gari Bruninho quer ser lixeiro - Foto: Reprodução / Acervo pessoal

Nesta quinta-feira (25), ao completar meia década de vida, o menino Bruno Henrique do Prado Pereira fez um pedido normal à mãe: uma fantasia. Até aí tudo bem, o incomum era o tipo de fantasia. Não era uma roupa de homem-aranha, como a de muitos meninos da idade dele, e sim, uma fantasia de gari.

Bruninho quis, em seu aniversário, ficar exatamente igual aos garis e coletores de lixo que passam higienizando sua rua, realizando um trabalho tão desvalorizado socialmente quanto essencial. “Meu aniversário foi ontem e eu quis essa roupa porque sim”, se explica Bruninho com timidez.

Bruninho (no centro da imagem) quer ser coletor de lixo quando crescer. Apesar do trabalho ser desvalorizado, mãe acredita que todo trabalho honesto é digno. Bruninho quer ser gari Bruninho quer ser lixeiro (Foto: Reprodução / Acervo pessoal)

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A mãe, Isadora Caroline do Prado Pereira, de 23 anos, relata que não se surpreendeu com o pedido de seu filho. “Ele gosta. Ele fala que quando ele crescer ele vai ser lixeiro. Ele é apaixonado tanto pelos garis, quanto pelos lixeiros, fala com todos que passam aqui na rua”, declara com bom humor a Isadora, que vive com Bruninho, seu único filho, no bairro Caneleira, em Santos, no litoral paulista.

Após ganhar a tão desejada roupa em seu aniversário, Bruninho foi dar um passeio com a mãe e encontrou um grupo de coletores de lixo com quem tirou uma série de fotos. “Quando as pessoas viram ele na rua com a roupa falaram, ‘Nossa! Ele que trabalhar de lixeiro? Não deixa não'. Mas como é um trabalho honesto eu não julgo meu filho não. Se ele quiser ser lixeiro ou gari, vai ter sempre o meu apoio”, arremata Isadora, com a serenidade de uma leoa que protege o filhote.

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