"As pessoas viram ele na rua com a roupa de lixeiro e falaram, ‘nossa! Ele quer trabalhar de lixeiro? Não deixa não.' Mas como é um trabalho honesto eu não julgo meu filho não. Se ele quiser ser lixeiro ou gari vai ter sempre o meu apoio”, declarou a mãe, como uma leoa que protege o filho
Nesta quinta-feira (25), ao completar meia década de vida, o menino Bruno Henrique do Prado Pereira fez um pedido normal à mãe: uma fantasia. Até aí tudo bem, o incomum era o tipo de fantasia. Não era uma roupa de homem-aranha, como a de muitos meninos da idade dele, e sim, uma fantasia de gari.
Bruninho quis, em seu aniversário, ficar exatamente igual aos garis e coletores de lixo que passam higienizando sua rua, realizando um trabalho tão desvalorizado socialmente quanto essencial. “Meu aniversário foi ontem e eu quis essa roupa porque sim”, se explica Bruninho com timidez.
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A mãe, Isadora Caroline do Prado Pereira, de 23 anos, relata que não se surpreendeu com o pedido de seu filho. “Ele gosta. Ele fala que quando ele crescer ele vai ser lixeiro. Ele é apaixonado tanto pelos garis, quanto pelos lixeiros, fala com todos que passam aqui na rua”, declara com bom humor a Isadora, que vive com Bruninho, seu único filho, no bairro Caneleira, em Santos, no litoral paulista.
Após ganhar a tão desejada roupa em seu aniversário, Bruninho foi dar um passeio com a mãe e encontrou um grupo de coletores de lixo com quem tirou uma série de fotos. “Quando as pessoas viram ele na rua com a roupa falaram, ‘Nossa! Ele que trabalhar de lixeiro? Não deixa não'. Mas como é um trabalho honesto eu não julgo meu filho não. Se ele quiser ser lixeiro ou gari, vai ter sempre o meu apoio”, arremata Isadora, com a serenidade de uma leoa que protege o filhote.
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