TRANSTORNO NA PASSARELA

SANTOS: vídeo flagra pedestres ignorando a nova passarela da Alfândega

Inaugurado no dia 16 de janeiro, o novo equipamento prometia maior segurança aos usuários, porém muitos reclamam

Thiago Reis Dantas
Publicado em 01/02/2023, às 11h52 - Atualizado às 12h59

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Durante o horário de pico, ciclistas e pedestres sofrem com a estrutura oferecida PASSARELA TRANSTORNO Pessoas subindo a passarela - Facebook
Durante o horário de pico, ciclistas e pedestres sofrem com a estrutura oferecida PASSARELA TRANSTORNO Pessoas subindo a passarela - Facebook

Um vídeo divulgado na manhã de hoje (1º), num grupo de Whatsapp, mostra uma série de infrações cometidas por pedestres e ciclistas que fazem a travessia Santos / Vicente de Carvalho. Na imagem, os usuários ignoram a nova passarela, passam pela linha férrea e abrem uma espécie de portão que dá acesso à avenida Antônio Prado. 


Todos passam pela pista - sem sinalização, pois a faixa de pedestres que existia no local foi apagada - e param o trânsito da região. Não havia agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos) nem da Guarda Portuária no momento da gravação.

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R$20 milhões

Diariamente 20 mil pessoas utilizam as lanchas e embarcações que fazem a travessia entre o centro de Santos e o distrito de Vicente de Carvalho, Monte Cabrão e as ilhas Barnabé e Diana. A passarela foi construída sobre as pistas da avenida Antônio Prado e a linha dos trens justamente para dar segurança aos usuários. O empreendimento custou R$20 milhões.

Sobram queixas

Desde a inauguração, a estrutura é alvo de reclamações. Há relatos do problema nas redes sociais. "Quem teve a ideia de fazer essa ponte e ainda fechar o portão da passagem térrea não atravessa todos os dias para trabalhar! Uma passarela sem segurança nenhuma, uma péssima obra, degraus vazados que expõem as mulheres de saia e vestido! Elevador não funciona, pessoal que precisa subir de bicicleta tem que carregar nas costas”, disse um internauta. O local possui escadas adaptadas para subida de bicicletas e o elevador não funcionou durante um período.

Durante o horário de pico, ciclistas e pedestres sofrem com a estrutura oferecida PASSARELA TRANSTORNO Pessoas subindo a passarela (Facebook)

Respostas

O projeto foi viabilizado por meio de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Santos, a Santos Port Authority (SPA) e a Rumo. Procurada para falar das reclamações e sobre a fiscalização para que as pessoas não se arrisquem atravessando a linha férrea e a avenida, a prefeitura informou por e-mail que a responsabilidade é da SPA por se tratar de uma área de jurisdição federal. A Rumo Logística respondeu de forma semelhante.
A SPA afirmou por nota que o projeto não foi elaborado pela Autoridade Portuária, que tão somente analisou suas possíveis interferências nas atividades portuárias. Sua aprovação, no que tange ao dimensionamento e atendimento aos usuários, também não ficou a cargo da SPA. O referido projeto foi submetido aos órgãos municipais pertinentes, incluindo o Condepasa. 

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Também diz que somente assumiu a manutenção da passarela a partir de sua doação, ocorrida oficialmente no dia 16 de janeiro. A instituição possui um contrato ativo para a manutenção preventiva e corretiva dos elevadores, os quais têm capacidade média de 16 pessoas por viagem, devendo ser prioritários para pessoas com mobilidade reduzida e necessidades especiais. Os aparelhos estão funcionando.
Sobre o ocorrido hoje, do portão de acesso ao terminal de passageiros ter sido aberto, a SPA disse que a Guarda Portuária atuou prontamente e o antigo acesso não está mais liberado. O caso ainda está sendo apurado. 

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