Documento traz informações de alerta tanto para a vítima como para familiares e rede de contato
A prefeitura de Santos, litoral de São Paulo, elaborou diante de uma equipe de profissionais especializados uma cartilha online para auxiliar no combate à violência contra o público feminino.
O documento traz informações sobre tipos de violência, aponta comportamentos abusivos e indica onde procurar ajuda no município. O objetivo, de acordo com a Administração Municipal, é que as pessoas tenham conhecimento, saibam identificá-los e também como agir nesses casos. O alerta é destinado não somente às vítimas, mas ainda a familiares ou rede de contato.
Leia também: Mulher é brutalmente agredida ao pedir para vizinha abaixar o som em Bertioga
São mais de 20 páginas contendo informações detalhadas para se entender os ciclos da violência. Há, inclusive, um teste que ajuda a identificar comportamentos abusivos e servirá como alerta, explica a coordenadora de Políticas para a Mulher da prefeitura, Diná Ferreira Oliveira.
O modelo online, acessível pelo celular, foi escolhido para garantir mais segurança às mulheres que não podem se expor manuseando esse conteúdo impresso.
“Às vezes, o companheiro não deixa a mulher sair de casa, não permite que estude ou trabalhe. Regula a roupa que usa. Não quer que tenha amigos e a afaste da convivência familiar. É um exercício de controle. O teste serve para alertá-la”.
Segundo Diná, a violência é um processo e, muitas vezes, a mulher não se dá conta de que alguns comportamentos são abusivos. Então, a ideia é fazer com que elas percebam as situações antes que sejam vítimas de possível agressão física ou algo mais sério.
“As mulheres, muitas vezes, convivem com essas situações e naturalizam essa violência. Acham que é assim mesmo, que faz parte e que é comum. Não conseguem identificar a situação de violência e nem se enxergam como vítimas e isso tem claras consequências para a saúde delas, para os filhos, por exemplo”.
Na cartilha, há ainda os locais onde buscar ajuda ou procurar atendimento, além de telefones para denúncias. O guia pode ser acessado por meio deste link.
Comentários