SAÚDE

Samu de Santos alerta para trotes que podem custar vidas

Samu de Santos recebe cerca de 1,5 mil trotes por mês; confira as situações em que se deve chamar o Samu e as que não precisam acionar o serviço

Redação
Publicado em 30/01/2024, às 10h12 - Atualizado às 10h25

FacebookTwitterWhatsApp
Saídas desnecessárias do Samu podem comprometer atendimento de quem está com a vida em risco - Prefeitura de Santos
Saídas desnecessárias do Samu podem comprometer atendimento de quem está com a vida em risco - Prefeitura de Santos

Sabia que, das 10 mil chamadas recebidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Santos (Samu) por mês, entre 15% e 18% são trotes? São cerca de 1,5 mil contatos desnecessários, vindos não somente de crianças, mas de adolescentes e adultos que conseguem enganar a triagem do 192. E, essa brincadeira sem graça pode prejudicar a vida de quem precisa de atendimento de urgência.

“Quando enviamos uma ambulância para um local onde não existe uma ocorrência, prejudicamos quem precisa do atendimento rápido. O trote pode custar uma vida”, explica o coordenador do Samu de Santos, Marcelo Ismail.

Ao ligar para o 192, o munícipe é atendido por um técnico auxiliar de regulação médica, que faz perguntas básicas, como o nome, endereço, telefone para contato e qual a ocorrência. Após este atendimento inicial, a ligação é transferida para um médico regulador, que fará perguntas mais específicas sobre a situação do paciente, para se certificar de que não se trata de um trote e definir a classificação de urgência. São cinco códigos: vermelho, quando a ambulância chega em até 15 minutos; laranja, em até 30 minutos; amarelo, até 60 minutos; verde (120 minutos) e azul (acima de quatro horas).

Com a classificação de urgência definida, a ocorrência é transferida para o rádio operador que encaminha as ambulâncias. “Quando um trote passa por todo esse processo, toda a equipe perde tempo que poderia ser utilizado para ajudar mais pessoas”.

Entre as orientações básicas para a população, está a lista de ocorrências indicativas de necessidade de se acionar ou não o Samu. Confira:

Quando chamar o Samu:

  • Ocorrência de problema cardiorrespiratório;
  • Intoxicação exógena e envenenamento (contato com produtos químicos);
  • Queimaduras graves;
  • Ocorrência de maus-tratos;
  • Trabalhos de parto com risco de morte da mãe ou feto;
  • Tentativa de suicídio;
  • Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
  • Quando houver acidentes e traumas com vítimas;
  • Afogamento;
  • Choque elétrico;
  • Acidentes com produtos perigosos;
  • Suspeita de infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo);
  • Agressão por arma;
  • Soterramento e desabamento;
  • Crises convulsivas;
  • Transferência inter-hospitalar de doentes graves;
  • Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.

Não se deve chamar o Samu:

  • Febre prolongada;
  • Dores crônicas;
  • Transporte de óbito;
  • Dor de dente;
  • Transferência sem regulação médica prévia;
  • Trocas de sonda;
  • Corte com pouco sangramento;
  • Entorses;
  • Cólicas renais;
  • Outras situações nas quais não se caracterize urgência ou emergência médica.

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!