Circuito das Aves detalha 10 pontos para observação, com placas, catálogo on-line bilíngue e fotos de espécies que podem ser encontradas na cidade
A cidade de Santos, no litoral de São Paulo, conta com um programa que reúne conservação ambiental, turismo e educação ecológica: o Circuito das Aves. Lançado pela prefeitura em 2016, o projeto destaca dez pontos ideais para observação de aves, com painéis nas ruas e informações acessíveis em um portal bilíngue. O site reúne fotos, mapas, dicas e o código de ética do observador, além de um catálogo com 100 espécies registradas no município.
Conforme destacado pelo secretário-adjunto de Meio Ambiente, Gabriel Miceli,
o programa ‘Circuito das Aves’ é uma importante demonstração de como Santos pode aliar conservação da biodiversidade, educação ambiental e turismo sustentável em uma mesma iniciativa. Ao valorizar nossa rica avifauna, promovemos o contato da população com a natureza e incentivamos o cuidado com o meio ambiente”.
As placas, instaladas em locais públicos pela prefeitura, identificam algumas das aves mais facilmente observadas na cidade. O conteúdo é fruto do projeto 100 Aves de Santos, criado pela bióloga Sandra Pivelli, falecida em 2023, com imagens do fotógrafo Leonardo Casadei. A proposta é facilitar o reconhecimento das espécies em ambiente urbano e contribuir com a preservação por meio do conhecimento.
Entre os locais destacados no circuito, o Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos é um dos pontos de maior diversidade. Para esse espaço, foi lançado o Guia de Observação de Aves do Engenho dos Erasmos, com informações sobre 43 espécies das 87 já registradas ali. A publicação é bilíngue e gratuita, com mapas de visualização e escuta.
O material foi elaborado por pesquisadores da USP e especialistas da Semam, com apoio do 4º Edital Santander/USP/FUSP. A iniciativa reforça a importância da observação de aves como prática educativa, social e conservacionista. Duas das espécies retratadas no guia, tucano-de-bico-preto e saíra-sapucaia, são classificadas como vulneráveis na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).