Ex-atleta foi condenado por estupro coletivo na Europa e atualmente mora no litoral paulista
O muro de uma escolinha de base do Santos Futebol Clube, em Praia Grande, litoral de São Paulo, amanheceu com o rosto do ex-atleta Robinho pichado.
Com palavras “estuprador” e “vagabundo”, os vândalos escreveram acima da pintura que é tradição do clube santista. As imagens foram divulgadas na manhã de ontem (14).
Nascido em São Vicente, Robson de Souza, hoje com 38 anos, iniciou nas categorias de base do Santos e ganhou o mundo jogando bola, mas um crime fez com que o atleta pendurasse as chuteiras precocemente.
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Robinho e amigos foram acusados de ofereceram bebida a uma jovem albanesa até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". De acordo com a reconstituição feita pelo Ministério Público italiano, o grupo levou a jovem para um camarim de uma boate em Milão e, aproveitando de seu estado, praticou "múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela", o caso ocorreu em 2013.
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Os outros quatro envolvidos no caso não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados. Em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao amigo Jairo Chagas, que o alertou sobre a investigação: "Estou rindo porque não estou nem aí; a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".
"Olha, os caras estão na m****. Ainda bem que existe Deus porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f***** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela", afirmou.
No entanto, após Chagas dizer que havia visto Robinho "colocar o pênis dentro da boca" da vítima, ele respondeu: "Isso não significa transar". Os advogados do ex-jogador alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual.
Em 19 de janeiro de 2022, nove anos após o crime, a Corte de Cassação de Roma, a última instância da justiça italiana, rejeitou o recurso apresentado por Robinho. Por ter transitado em julgado, a execução da sentença tornou- se obrigatória.
Em outubro, o ministério público italiano pediu ao Brasil a extradição de Robinho à Itália, mas o país negou o pedido. Segundo informou o UOL Esportes, a recusa se deu com base no artigo 5 da Constituição Federal que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros. Contudo, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil.
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