EMBATE

Reforma deixa 700 estudantes sem escola e gera protestos em Santos

Prefeitura promete entregar prédio provisório em breve. Comunidade escolar afirma que local é um galpão sem condições de ser usado como escola e organiza manifestação

Da redação
Publicado em 02/03/2023, às 14h37 - Atualizado às 14h56

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Pais, alunos e funcionários da UME Oswaldo Justo durante protesto na prefeitura nesta quarta Reforma deixa 700 estudantes sem escola e gera protestos em Santos Pessoas protestando - Imagem: Divulgação / Sindserv
Pais, alunos e funcionários da UME Oswaldo Justo durante protesto na prefeitura nesta quarta Reforma deixa 700 estudantes sem escola e gera protestos em Santos Pessoas protestando - Imagem: Divulgação / Sindserv

A mudança do prédio de uma escola em Santos tem gerado embates entre a comunidade escolar e a prefeitura da cidade. Uma reforma no prédio original da UME Oswaldo Justo, na rua Ana Santos, deixou os estudantes em ensino remoto desde o início do ano letivo. A escola atende cerca de 700 alunos da pré-escola ao 9º ano do Ensino Fundamental.

Enquanto os alunos estudam remotamente, a prefeitura alugou um edifício na av. Nossa Senhora de Fátima, a cerca de 300 metros do edifício original, e promete transferir as aulas provisoriamente para o local. No entanto, pais de alunos e funcionários alegam que o edifício provisório é um galpão sem condições de ser usado como escola.   

Uma comissão de pais, estudantes e servidores fizeram um protesto na prefeitura na manhã de ontem (1º) e tem outro programado para a tarde de amanhã em frente ao prédio provisório. Eles resistem à mudança de prédio e exigem uma reunião com representantes da prefeitura.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv) alega que o local provisório não tem vistorias técnicas dos Bombeiros, Defesa Civil e Conselho Municipal de Segurança. O galpão, acrescenta o Sindserv, tem uma série de problemas estruturais, como pouca ventilação, falta de eletricidade, poucas condições de acessibilidade e entulho próximo à cozinha, além de caixas d’água, muros e alambrados deteriorados.

Contatada nesta quinta (2), a prefeitura de Santos disse que a reforma no edifício original da escola começou no ano passado e avançou para a segunda e última fase prevista para começar neste mês. “Agora, na etapa final, é necessário o esvaziamento do prédio para o reparo de todo o telhado do bloco do Ensino Fundamental e outras melhorias”. 

A prefeitura também disse que a sede provisória para as aulas será entregue nos próximos dias e que, antes de alocar os estudantes e funcionários no prédio provisório, vai corrigir os problemas estruturais no local. "O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) também já está sendo providenciado”, acrescentou a prefeitura.

A gestão municipal santista não respondeu se vai enviar um representante para dialogar com a comunidade escolar na manifestação prometida para amanhã. “Caso o governo [representante da prefeitura] não apareça, a comunidade já sinaliza que fará um ato na avenida com o objetivo de chamar a atenção para o problema”, disse o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos.

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