Profissionais detalham os tratamentos necessários no Aquário Municipal

Costa Norte
Publicado em 18/06/2011, às 04h44 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h18

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Os veterinários do Aquário Municipal de Santos, Cristiane Lassálvia e Gustavo Dutra são os primeiros a avaliar os animais. “Se conseguem se alimentar, recebem apenas medicamentos em função de sua condição clínica. Do contrário, garantimos alimentação parenteral”, contam.

Como quase sempre chegam desnutridas, as tartarugas têm amostras de sangue recolhidas e recebem soro, se necessário. “A maioria apresenta lixo no intestino e temos que estimular a evacuação. Se isso acontece em uma semana, há chance de sobrevivência”, diz Cristiane. Segundo a veterinária, 60% das tartarugas morrem, apesar dos esforços, pela ingestão de plástico, fios e rede de pesca, e até pedaços de brinquedos.

Cuidados necessários

Os cerca de 2 mil animais do parque consomem 1,100 tonelada de peixes e frutos do mar por mês – no Inverno, 1,600 tonelada. A preferência é por sardinha (400 kg mensais) e manjuba (350 kg), mas eles recebem também merluza, camarão, lula, marisco, siri, trilha, anchova, tilápia, cavala, tambaqui e bonito.

As tartarugas comem três vezes por semana e os pinguins, com metabolismo acelerado, 2 vezes por dia. Ao contrário do dito popular, os peixes não morrem pela boca, já que se alimentam apenas três vezes por semana. “São animais com metabolismo lento, que rejeitam comida em excesso. E o alimento a mais pode deteriorar as condições da água”, explica Cristiane.

Higienização

Os tanques da quarentena são higienizados diariamente. Os de exposição ao público, além de terem o fundo aspirado, são avaliados com a mesma frequência, com testes como alcalinidade, nitrito, amônia, cloro e salinidade. "Qualquer dado diferente dos parâmetros exige providências imediatas”, frisa Sérgio Luiz da Silva, chefe do Aquário.

Preferências à parte

Embora garantam gostar de todos os animais, os profissionais do equipamento deixam escapar preferências. Recentemente, o parque recebeu um biguá “que subia no ombro de todos, pedindo mais comida”, diz Cristiane Lassálvia.

O biólogo Demétrio Martinho apreciava o melro de 80 kg que durante muito tempo viveu no tanque oceânico, enquanto o veterinário Gustavo Dutra estuda o grupo das tartarugas, que o atrai desde 1990.

Já Alex Ribeiro, da Unidade de Educação Ambiental, entende-se bem com tubarões de cerca de 90 kg, e pega-os no colo para que sejam  submetidos a exames. “Eles conviveram com dinossauros há 450 milhões de anos e mantêm essa forma há 100 milhões. Isso me fascina!”, descreve.

Visitas

Das 9h às 18h de terça a sexta; e aos sábados e domingos, das 9h às 20h

Ingressos

R$ 5. Crianças até 12 anos e maiores de 60 anos não pagam; e estudantes com carteirinha pagam meia entrada.

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