Mulher que sucumbiu ao crack e vaga pelas ruas de Santos procura família perdida para se regenerar

Uma mulher que vive em situação de rua na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, vem demonstrando que mesmo os descamisados, negligenciados por todos, tem uma história, e ela pode ser comovente e tão humana quanto qualquer outra.

A mulher que, segundo relatos, sobrevive nas ruas de Santos há cerca de um ano, busca formas de reencontrar seus familiares que estariam em Curitiba (PR), sua cidade de origem. Uma página nas redes sociais tentou iniciar uma corrente para fazer com que o apelo da mulher chegue em sua família.

Segundo informações, o nome da mulher é Elaine Lore, ela é filha de Dona Melita, uma costureira de Curitiba, e seu José Nunes. A mulher vive de ajuda de vizinhos, segundo os quais ela é educada e expressiva.

Há relatos de que a mulher sucumbiu ao vício em drogas. Na publicação nas redes sociais, a página faz um apelo. “Precisamos encontrar sua família. Ela é uma pessoa educada, se expressa bem. Vamos fazer chegar em seus familiares para buscar a Elaine. Compartilhem por favor “.

Como a mulher vive nas ruas, não há formas de contatá-la. Há relatos de que ela vive uma vida itinerante entre cidades praianas, ora estando na Ponta da Praia, em Santos, ora em Vicente de Carvalho, distrito do Guarujá.

As informações sobre a biografia da mulher são difusas. Até o momento, ainda não há relatos sobre sua idade e profissão. Informações que ajudem Elaine e encontrar sua família podem ser enviadas para o email: [email protected]

Uso abusivo de drogas não é vontade, é doença, diz medicina

É consenso na medicina atual que a dependência de drogas não se configura em falha de caráter, como ainda creem muitos. Da mesma forma, o não abandono do vício, diz a medicina, não significa uma fraqueza de propósito do dependente da substância. Por analogia, alegar isso é como dizer que alguém não se curou de câncer porque não quis. 

Diversos fatores que levam à dependência ainda são desconhecidos, no entanto sabe-se que o uso abusivo de drogas está ligado a predisposições biopsicossociais, isto é, a conjunção de fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Similarmente, o êxito na superação do vício, também está ligado a tais fatores e, de acordo com especialistas, o apoio familiar é crucial na superação.

Na Classificação Internacional das Doenças (CID), a dependência de álcool e de todas as substâncias psicoativas como o crack está na categoria "transtornos mentais de comportamento", sendo considerada uma doença crônica e recidivante (em que o doente tem recaídas), caracterizada pela busca e consumo compulsivo de drogas.