Logística e medida provisória ditam o tom no encontro Porto Ágil

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Publicado em 03/05/2013, às 18h14 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h59

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Por Antonio Pereira

Sérgio Aquino vislumbra retrocesso em aumentar o poder do estado sobre a iniciativa privada

A relação porto/cidade foi discutida por mais de 60 pessoas, entre autoridades portuárias e representantes da prefeitura de Guarujá, no encontro Porto Ágil, realizado na manhã de segunda-feira (29), nas instalações do Casagrande Hotel, no Jardim Tegeréba, em Guarujá. Entre os assuntos debatidos, destaque para a Medida Provisória 595/2012, que cria um novo marco regulatório, concentrando as decisões no poder público. A intenção é reduzir o tempo médio de carga e descarga e aumentar a competitividade do setor. Para Sérgio Aquino, atual superintendente da empresa Soluções Portuárias Aplicadas, o ideal seria, em vez de se estabelecer um novo marco regulatório, cumprir à risca a antiga Lei 8.630/93. Na oportunidade, Aquino apresentou um comparativo entre os portos brasileiros e chineses. “Eu vejo um enfraquecimento nas administrações portuárias locais e, consequentemente, da relação porto/cidade, o que não é bom para nenhum dos lados. O mundo inteiro está descentralizando os serviços portuários com parcerias com a iniciativa privada, e, até mesmo, adotando portos 100% privados, e nós, no Brasil, estamos fazendo exatamente o contrário”, afirma ele, que foi o último presidente do extinto Conselho de Autoridade Portuária (CAP), de Santos. Para a prefeita de Guarujá, o encontro atingiu os resultados esperados, e foi possível fechar uma visão global sobre os portos brasileiros, em especial sobre o de Santos. “Não tenho dúvida de que daqui sairão grandes ações em todas as áreas que demandarão políticas públicas específicas”, afirmou, reiterando o compromisso de não se aumentar a demanda do porto à qualquer custo.

Congestionamentos No mês de abril, o tráfego de caminhões chegou, inclusive, até a rodovia Cônego Domênico Rangoni, com congestionamentos de até 10 km, devido a última safra de grãos. Segundo o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco, o ideal é a utilização exclusiva de ferrovias, mas como o sistema não está apto, a prioridade é para o tráfego de caminhões, com a construção de vias paralelas, como o segundo trecho da avenida Perimetral, que entra em licitação ainda esse mês. A obra deverá ficar pronta até 2015, separando de vez o trânsito em direção ao porto, via área urbana da cidade.

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