DEFICIÊNIA AUDITIVA UNILATERAL

Jornalista é impedida de tomar vacina contra covid-19 em Santos e consegue em Ribeirão Pires

“A única intenção dessa exposição é que a baixada vacine seus deficientes”, ressalta Adrys Nogueira

Da redação
Publicado em 08/06/2021, às 21h11 - Atualizado às 21h13

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Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Uma jornalista que nasceu e cresceu em Santos (SP), Adrys Nogueira, fez um longo relato sobre o descaso com o deficiente na cidade em que sempre viveu e pagou seus impostos. “Fui barrada de tomar a vacina contra a covid-19 em (1) de junho, no posto de atendimento na Afonso Pena ao lado da Igreja São Benedito, canal 4, em Santos”, ressaltou. Mesmo com todos os documentos necessários em mãos, laudo médico, carta de um médico especialista e comprovante de residência, ouviu de funcionários da saúde que, não poderia tomar a vacina na cidade. Imediatamente, tentou ser vacinada em Ribeirão Pires, onde também tem comprovante de residência e no mesmo momento conseguiu ser vacinada. “Tive o acolhimento que a minha cidade negou”, destacou.

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Adrys Nogueira tem deficiência auditiva unilateral, perda auditiva causada pelo vírus da caxumba quando tinha nove anos. Desde 2016, deficientes auditivos unilaterais permanentes também são considerados PCDs (pessoas com deficiência). Porém, conforme decreto federal, somente deficientes com BCP (Benefício de Prestação Continuada) podem ser vacinados. O que gerou revolta não só da jornalista como de outros munícipes que constantemente são impedidos de tomar a vacina na cidade.  “Ou seja, qualquer deficiente que trabalhe e receba um salário mínimo já está fora do programa de vacinação, somente os de baixa renda podem”, disse.

De acordo com ela, o intuito da publicação é incentivar e fazer com que a baixada vacina seus deficientes. “Além de termos que comprovar a nossa perda, também temos que comprovar a deficiência financeira”, escreveu em seu relato. Adrya espera que as pessoas compreendam as dificuldades que enfrentam, desde a acessibilidade ao respeito. E que todos tenham consciência de que, comorbidades não precisaram de laudo “apenas de receita médica”, como diabéticos e hipertensos. “Meu intuito é falarmos cada vez mais sobre”, explicou à redação do jornal Costa Norte.

A prefeitura de Santos foi procurada pelo jornal e até o fechamento da matéria não retornou.

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