PROTEÇÃO

Geobags reforçam a proteção das praias de Santos (SP)

Estudo para aprofundamento do canal de navegação do porto prevê ações para recuperar as praias da Aparecida e do Embaré

Redação
Publicado em 06/01/2024, às 12h52 - Atualizado às 14h05

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Geobags começaram a ser implantados na Ponta da Praia em 2018 - Foto: Francisco Arrais/arquivo
Geobags começaram a ser implantados na Ponta da Praia em 2018 - Foto: Francisco Arrais/arquivo

A Autoridade Portuária de Santos (APS) anunciou que expandirá o projeto-piloto de proteção costeira, implantado pela prefeitura, na Ponta da Praia. O compromisso do órgão federal está inserido no contrato assinado com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), prevendo estudos para o aprofundamento do canal de navegação do porto de Santos para 17 metros.

Serão realizadas simulações hidrodinâmicas para avaliar as diferenças do comportamento das correntes no canal de acesso e avaliar as suas interferências com as obras de melhoria das condições de navegação do porto, a partir dos dados de variação batimétrica e volumes dragados. O contrato prevê 15 meses de trabalho, para apresentação das conclusões pela universidade.

Geobags em santos
Em projeto-piloto, geobags foram instalados em 2018 - Foto: Arquivo/PMS

O secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório, lembra que o processo de implantação das geobags (barreiras submersas) começou em 2018. “Para nós, é importante que caminhem juntos o estudo do aprofundamento do canal e o estudo de manutenção da areia na praia. Um é complementar ao outro”.

Na avaliação de Libório, a expansão do projeto consistirá em colocar mais barreiras submersas “até onde for necessário. Quem vai à praia, no canal 5, percebe um degrau grande entre a calçada e a areia. Isso fica evidenciado nos bairros Embaré e Aparecida. Queremos que este estudo garanta a manutenção da areia da praia, e não a supressão”.

A preservação da areia, explica o secretário de Meio Ambiente, garante a segurança da população. “A praia de Santos tem uma característica dissipativa. Ela dissipa a energia das ondas. Uma pessoa tem que caminhar muito para chegar até o fundo. Mas, na Ponta da Praia, as pessoas já percebem o sumiço da areia. Essa característica de dissipação da energia das ondas vai se perdendo, fazendo com que as ondas quebrem na avenida, provocando danos nas muretas e na calçada”.

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