O público tem até o dia 8 de junho para conhecer e apreciar a obra de Marcus Jansen, um dos precursores do expressionismo urbano. O artista, que tem passagens por cidades como Nova Iorque, Paris, Milão, Londres e Moscou, expõe pela primeira vez no Brasil a mostra Veni Vidi Succumbe. Para a mostra na Pinacoteca Benedicto Calixto, Marcus Jansen traz trinta obras, sendo duas delas inéditas, Forbidden Farms e Albino in the Wild, que retratam a aridez e a decadência das megalópoles. O artista fez questão que fossem conhecidas primeiramente pelo público brasileiro. Nascido em 1968, em Manhattan, Nova Iorque, o ex-combatente da Guerra do Golfo (1991), filho de pai alemão e mãe jamaicana, iniciou sua carreira em 1980 durante o movimento de arte do grafite que eclodia em Nova Iorque. Na ocasião, saía do Bronx para vender sua arte nas calçadas do SoHo. Não tinha dinheiro sequer para comprar as telas. Pintava em cardboards. “Eu colocava as minhas pinturas em frente à Victoria’s Secret, e via várias celebridades. Algumas paravam, outras não. A gente acaba lidando diariamente com a rejeição”, conta o artista. Descoberto por Jerome A. Donson, diretor da área de exposições itinerantes do Moma (Nova Iorque), em 1997, Jansen passou a expor em grandes museus e galerias dos Estados Unidos, França, Rússia, Itália e Alemanha, assim como em bienais internacionais na Austrália e Itália. Sua obra já foi analisada por críticos de veículos como Rolling Stone Magazine e Vanity Fair, na Itália; na Arte Fuse, The New York Times e The Boston Globe, nos Estados Unidos, entre outros. Um dos projetos mais recentes do artista é o livro catálogo The Art Albun, publicado em Nova York, que traz uma tela de Jansen na capa da publicação. O catálogo possui telas de alguns dos maiores pintores contemporâneos do mundo, como Chuck Close, Shepard Fairey, Daniel Richter, Takashi Murakami, entre outros. Para Dinah Guimarães, curadora da mostra, as obras de Jansen remetem a características de vanguarda como cubismo, surrealismo e, principalmente, expressionismo. Jansen retrata o declínio de seu país na condição de “império” e realiza críticas aos símbolos mundiais de consumo, expondo a cidade sem sua tridimensionalidade, destacando aspectos despercebidos como objetos ou mesmo pessoas, as quais aparecem solitárias em megalópoles tão plurais, mas, ao mesmo tempo, tão individuais. A mostra fica na Pinacoteca Benedicto Calixto até 8 de junho, de terça a domingo, das 9h00 às 18h00, com entrada gratuita. Endereço: Av. Bartolomeu de Gusmão, 15 – Boqueirão – Santos/SP.
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