Devido ao porto, cidade se tornou um dos centros de maior mobilização do operariado
O Dia do Trabalhador é celebrado em diversos países além do Brasil, onde as primeiras manifestações começaram a ocorrer no fim do século 19, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por ser uma cidade portuária e com muitos imigrantes, Santos logo se tornou um dos centros de maior mobilização do operariado.
Em 1904, a recém-criada Internacional União dos Operários coordena uma greve contra a Companhia Docas de Santos, movimento ao qual aderiram vários outros sindicatos e associações de classe.
Três anos depois, várias categorias conseguiram a redução da carga horária para oito horas diárias, incluindo trabalhadores santistas da construção civil.
Para o historiador Dionísio de Almeida, da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), os trabalhadores santistas sempre acompanharam o movimento no Brasil e foram solidários com as greves nacionais, como a de 1917, uma das maiores do período no país. “A cidade esteve presente e na frente de movimentos sociais populares e sindicais, chegando a concentrar o maior número de sindicatos no Brasil”.
Entre 1908 e 1912, a Federação Operária consegue organizar os sindicatos de Carroceiros, Chauffeurs, Padeiros, Moinho Santista, Ternos de Café, entre outros, e manter uma escola para crianças e adultos, além do jornal O Proletário.
Em 1924, o dia 1° de maio se tornou feriado nacional no Brasil, por decreto presidencial. A data faz referência a uma greve operária ocorrida em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886.
Leia também: Investimentos da Sabesp prometem dobrar vazão de água nos morros de Santos
Comentários