1º DE MAIO

Dia do Trabalhador: Santos é pioneira na luta operária no Brasil

Devido ao porto, cidade se tornou um dos centros de maior mobilização do operariado

Da redação
Publicado em 01/05/2023, às 09h15 - Atualizado às 09h40

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Funcionárias a extinta fábrica de banandas "A Leoneza" Dia do Trabalho: Santos é pioneira na luta operária no Brasil Funcionárias a extinta fábrica de banandas "A Leoneza" trabalhando - Acervo Fams
Funcionárias a extinta fábrica de banandas "A Leoneza" Dia do Trabalho: Santos é pioneira na luta operária no Brasil Funcionárias a extinta fábrica de banandas "A Leoneza" trabalhando - Acervo Fams

O Dia do Trabalhador é celebrado em diversos países além do Brasil, onde as primeiras manifestações começaram a ocorrer no fim do século 19, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por ser uma cidade portuária e com muitos imigrantes, Santos logo se tornou um dos centros de maior mobilização do operariado.

Em 1904, a recém-criada Internacional União dos Operários coordena uma greve contra a Companhia Docas de Santos, movimento ao qual aderiram vários outros sindicatos e associações de classe.

Três anos depois, várias categorias conseguiram a redução da carga horária para oito horas diárias, incluindo trabalhadores santistas da construção civil.

Funcionárias a extinta fábrica de banandas "A Leoneza" Dia do Trabalho: Santos é pioneira na luta operária no Brasil Funcionárias a extinta fábrica de banandas "A Leoneza" trabalhando (Acervo Fams)

Na vanguarda

Para o historiador Dionísio de Almeida, da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), os trabalhadores santistas sempre acompanharam o movimento no Brasil e foram solidários com as greves nacionais, como a de 1917, uma das maiores do período no país. “A cidade esteve presente e na frente de movimentos sociais populares e sindicais, chegando a concentrar o maior número de sindicatos no Brasil”.

Entre 1908 e 1912, a Federação Operária consegue organizar os sindicatos de Carroceiros, Chauffeurs, Padeiros, Moinho Santista, Ternos de Café, entre outros, e manter uma escola para crianças e adultos, além do jornal O Proletário.

Em 1924, o dia 1° de maio se tornou feriado nacional no Brasil, por decreto presidencial.  A data faz referência a uma greve operária ocorrida em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886.

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