O desenvolvimento econômico de Santos reflete no mercado de trabalho. Segundo o Nese (Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos) da Unisanta, o índice de desemprego medido em setembro é de 8,95%, - o mais baixo desde 1998, quando foi iniciado o levantamento semestral. Se comparado ao mesmo período de 2010, a diferença é 3,15%. O dado equivale a 17.581 pessoas sem ocupação.
Call center
A queda, conforme a pesquisa foi impulsionada em boa parte pelos jovens, entre 16 e 24 anos, que conseguiram uma oportunidade, “principalmente nos novos empreendimentos do setor de call center instalados na cidade”, diz o economista Jorge Manoel de Souza Ferreira, do Nese e da Sefin (Secretaria de Finanças). Cerca de 6 mil jovens foram contratados pelas empresas de telesserviço. Em setembro de 2010, o levantamento apontou que 41,24% estavam sem emprego contra 33,87% no mesmo período deste ano.
Lei municipal
Esse crescimento é incentivado também pelo programa da prefeitura ‘Call Santos - Telemarketing e Serviços’, transformado na lei complementar municipal 692, de 10 de setembro de 2010. A ideia é estimular a criação de empreendimentos do setor e geração de empregos, com incentivos fiscais por meio da redução da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços) das empresas prestadoras. “Call center são empresas geradoras de oportunidades e ainda podem crescer, mas a geração de empregos em geral deriva também dos novos terminais portuários e da ampliação da rede hoteleira”, avalia Ferreira. A melhora do índice também é revelada pela diminuição do volume de aposentados que estão na ativa.
Perspectiva
Para o economista, 2012 continuará sendo de mais crescimento para Santos. “Apesar da crise externa, acredito que o bom momento que a cidade vive não será tão prejudicado. Há projetos de expansão portuária, setor hoteleiro e ainda o setor de petróleo e gás que podem impulsionar positivamente o mercado local”, avalia. A pesquisa abrangeu 1.479 pessoas em 500 domicílios.
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