Caminhoneiros planejam nova paralisação para o início de novembro

Uma possível paralisação dos caminhoneiros a partir de 1º de novembro foi anunciada por Luciano Santos, no sábado (16). Ele é presidente do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira). Os representantes de caminhoneiros afirmam que a eventual paralisação ocorrerá, principalmente, em Santos (SP).

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“Se não houver resposta concreta [do governo] em cima dos direitos dos caminhoneiros autônomos, no dia 1º de novembro o Brasil todo [ficará] parado, principalmente Santos”, disse Luciano em transmissão ao vivo.

A paralisação afetará a região de Santos (SP), onde está localizada o Porto de Santos, o mais importante do Brasil e o maior complexo portuário da América Latina.

O anúncio teria sido feito depois de uma reunião da categoria que decidiu pelo “estado de greve”. Os caminhoneiros deram prazo de 15 dias para que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) atenda as reivindicações da categoria. Caso contrário, os motoristas vão parar a partir de 1º de novembro.

As principais demandas são a estabilização e cumprimento de um frete mínimo, redução do preço do diesel e a revisão da política de preços da Petrobras. O diesel está sendo vendido a R$ 4,96 por litro, segundo dados até 9 de outubro da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A reunião que decidiu pelo estado de greve foi realizada pela CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), pelo CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) e pela Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores).

Lista de demandas para suspenderem a paralisação:

1 - Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como PPI (Preço de Paridade de Importação);

2 - Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;

3 - Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;

4 - Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);

5 - Aperfeiçoamentos na proposta do voto em trânsito no Senado;

6 - Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).