meio ambiente

Barreiras flutuantes ajudam a diminuir poluição no estuário de Santos

Iniciativa inédita no estado intercepta parte do lixo que iria direto para o estuário, por meio de uma barreira instalada no rio São Jorge

Redação
Publicado em 04/05/2024, às 11h04 - Atualizado em 06/05/2024, às 09h10

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Barreira flutuante contra lixo no estuário - divulgação
Barreira flutuante contra lixo no estuário - divulgação

Uma barreira feita com bombonas (tambores), totalmente recicláveis, tem ajudado a diminuir a poluição no estuário santista. A proteção, colocada no rio São Jorge, sob o viaduto Mariângela Duarte, no bairro São Manoel, em Santos, intercepta parte do lixo que iria diretamente para o mar. A operação, denominada Enrede, começou no dia 3, com a instalação da proteção, em ação da prefeitura de Santos com  apoio do Instituto Nova Maré, e das empresas Bluekeepers, Braskem, Coca-Cola Brasil e Coca-Cola Femsa.

O material captado pela barreira será retirado da água uma vez por dia, de segunda-feira a sábado. Quando a maré está alta, ou em dias de chuva forte, a quantidade de lixo aumenta substancialmente;  a barreira auxilia a impedir que esses resíduos sólidos avancem para o mar. Com 20 metros de proteção flutuante a princípio, posteriormente, serão acrescidos mais 60 metros.

vista aérea da ponte Mariângela
Barreira colocada sob o viaduto Mariângela Duarte - divulgação

Marcus Fernandes, secretário municipal de Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal, de Santos, explica que a ação do município integra o Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas). “Essa é a primeira barreira a ser instalada no Brasil, de outras que vão existir ao longo do litoral. E, por que Santos é a primeira cidade? Porque já temos um histórico de trabalhos que começou em 2017, com o estudo que foi feito para a identificação das principais fontes de resíduos que chegam ao mar. Hoje sabemos que, 80% dos resíduos que atingem a fauna e flora marinha, são oriundos do continente”.

Comunidade participa da ação

Além de ajudar na proteção da vida marinha e do oceano, o projeto também tem a contribuição da comunidade, o que promove ações de educação ambiental na região. A sede do projeto fica na Sociedade Melhoramentos, no bairro São Manoel. Edmilson de Almeida Duarte, presidente da entidade, avalia a importância da iniciativa para a comunidade.  “Parte dos resíduos sólidos acaba ficando debaixo das casas, e isso se torna um perigo por poder acumular água e virar um risco de contrair dengue”, explica.

Morador do São Manoel, Rafael Oliveira dos Santos, de 42 anos, avalia que “o impacto no bairro será grande”. Já Laís Lucinda da Silva, de 35 anos, está otimista com a participação no projeto. “Faremos a separação e a pesagem diária do material”, comenta.

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