Três pinguins e um atobá chegaram ao local no último domingo (29)
O Aquário Municipal de Santos ganhou quatro novos moradores na madrugada do último domingo (29): três pinguins de Magalhães adultos e um atobá juvenil, todos com sexo indeterminado até o momento.
Os animais, que vieram do estado do Rio de Janeiro, não tinham condições de voltar à natureza e, por isso, foram encaminhados para ficarem sob cuidados humanos. O público deve conhecê-los já na próxima semana.
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As aves marinhas foram encontradas no início do ano passado pelo Programa de Monitoramento de Praias de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde passaram por exames e recuperação. Assim que constatada a impossibilidade de retorno à natureza por razões biológicas, os técnicos responsáveis optaram por encaminhá-los a uma entidade que trabalhasse nos cuidados destes animais.
O primeiro contato com o Aquário de Santos foi em novembro de 2021 e, após todos os trâmites necessários, as aves foram transportadas até Santos.
"A gente recebe esses animais com muita alegria porque o Aquário de Santos já é referência em pinguins, tendo sido cenário do primeiro nascimento de pinguim em cativeiro no Brasil, e ainda não tínhamos um atobá em nosso plantel, o que vai nos proporcionar novos aprendizados e adaptações”, disse o coordenador da instituição, Alex Ribeiro.
Segundo o biólogo, os animais poderiam ter sido sacrificados caso nenhuma instituição pudesse acolhê-los, visto que não poderiam mais viver livres na natureza, longe dos cuidados humanos. “O objetivo do programa é tratar e soltar, mas existem animais que não podem ser soltos e, em alguns casos, eles podem ser sacrificados, que é um protocolo mundial de segurança”, explica.
Os novos moradores foram encontrados encalhados em uma praia em Angra dos Reis. Foi constatado que o atobá havia sofrido uma fratura na cauda e, por isso, não conseguiria mais levantar voo. “As aves, quando voam, uma das primeiras coisas que elas fazem é abrir a cauda em leque para dar estabilidade no voo. Os técnicos tentaram soltar, estimulá-la a voar e perceberam que ela não conseguia fazer isso. Então o animal perdeu a principal função dele, que é voar, para buscar alimento e fugir”, conta o biólogo.
Já os pinguins de Magalhães não apresentaram enfermidades, mas não conseguiram retornar ao lugar de origem. Os técnicos do Programa de Monitoramento de Praias tentaram soltá-los duas vezes, mas os animais sempre retornavam à praia onde encalharam. “Talvez pela distância, porque a Patagônia é muito longe”, supõe o coordenador do Aquário Municipal. Como o habitat da costa brasileira não é adequado para os pinguins, também foi necessário acomodá-los no parque.
A viagem Rio-Santos exigiu muitas horas de dedicação dos profissionais do Aquário Municipal. Os técnicos se dirigiram a Angra dos Reis na tarde da última sexta-feira (27) e retornaram com os animais na madrugada de domingo, em razão das temperaturas serem mais amenas neste horário. Foram cerca de seis horas de viagem com paradas regulares para que o biólogo do parque pudesse monitorar a segurança dos animais, que viajavam em caixas de transporte em tamanho grande, forradas com feno para maior conforto durante o transporte.
Desde que chegaram, os animais passam por avaliações. Alguns exames realizados pelo Programa de Monitoramento de Praias foram refeitos e outros parâmetros ainda estão sendo aferidos, como o sexo, por exemplo. Dentro de cinco dias, se tudo correr bem, os pinguins serão introduzidos ao convívio com os outros 17 animais da mesma espécie que vivem no Aquário, enquanto o atobá receberá o próprio recinto.
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“O legal disso tudo é que todo o trabalho que a gente faz, seja buscar os animais, acomodá-los em nossos recintos, oferecer uma alimentação balanceada, tudo isso também é graças ao público. Todo o dinheiro que a gente recebe da bilheteria, revertemos em melhorias no parque. Então o visitante, indiretamente, contribui com esse trabalho de conservação que fazemos há mais de 70 anos”, finaliza o coordenador do Aquário Municipal de Santos.
O Aquário de Santos (Praça Vereador Luiz La Scala s/nº, Ponta da Praia) funciona de terça a domingo, das 12h às 18h (bilheteria fecha às 17h30). O ingresso custa R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Menores de 8 e maiores de 65 anos têm entrada gratuita; desconto de 50% para estudantes e professores, com apresentação de documento. Também pagam meia-entrada crianças entre 8 e 12 anos.
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