"Muito gorda redondinha, muito alegre trololó"! Trecho de recital sobre a letra O, uma das doces lembranças de Dona Adi no retorno à escola que "inaugurou" há 84 anos
Em 1939, mais precisamente no dia 23 de junho, a pequena Adi Teixeira Barroso, aos 8 anos, participava da inauguração do Grupo Escolar Martins Fontes, no Morro da Penha, em Santos. Passados 84 anos, a agora chamada Dona Adi, aos 92, voltou à sua antiga escola, denominada atualmente UME Martins Fontes, em uma visita recheada de lembranças e muita emoção.
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Quando entrou no pátio, ela se emocionou: “Lembrei de um recital em que participei fantasiada com a letra O. Recitava: ‘muito gorda redondinha, muito alegre trololó...’”, contou Dona Adi. Ela ainda comentou as mudanças estruturais da unidade. “Agora, quando entrei, percebi que tudo está muito diferente. A escola mudou muito, mas continua acolhedora”.
A visita à escola no morro era um grande desejo da Dona Adi e foi um dos seus presentes de aniversário, comemorado dia 8 de maio, assim como um dos antecipados de Dia das Mães, dado pelos filhos Emílio Rodrigues Jr, de 71 anos, e Edson Rodrigues, de 69 anos, que atualmente moram no interior paulista, e também são ex-alunos da unidade.
Dona Adi descreve a escola na sua memória. “Grande, com escadarias compridas na entrada, uma estreita com muitos degraus que dava acesso aos consultórios médico e dentário, que atuavam naquela época, e um pátio descoberto onde aconteciam as aulas de Educação Física”.
Morando ainda em Santos com o filho mais novo, Dona Adi diz passar um filme em sua cabeça. “Sempre falei que queria voltar a essa escola, morei por muito tempo aqui no morro e tenho um carinho enorme por tudo que vivi e aprendi aqui. Apesar da idade, tenho muitas lembranças de quando estudava e de quando meus filhos estavam aqui”, diz.
Todas essas lembranças muito vivas na sua memória surpreenderam os alunos do Grêmio Estudantil da Unidade, que fizeram uma roda de conversa para saber mais sobre as histórias de Dona Adi na época da inauguração da escola.
Eduardo Silva Menezes, 11 anos, do 6° ano afirmou ser muito legal conhecer alguém da primeira turma da unidade. “Ela é literalmente uma história viva e quando a vi pensei que, no futuro, eu também posso voltar aqui e reviver todos os momentos e compartilhar muitas histórias”.
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A oportunidade especial de uma aula sobre a história da escola também foi enaltecida pela diretora Mirian Maria Cheida. “Uma senhora de 92 anos voltar aqui é emocionante. Os alunos ficaram encantados em saber que a ex-aluna da primeira turma da unidade estava visitando nossa escola”, disse.
“Eles nunca pararam para pensar que uma pessoa que estudou há tanto tempo aqui e que foi da turma de inauguração poderia voltar para compartilhar essa emoção e o que vivenciou na época”, completou.
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