Além de sorvete para aplacar as altas temperaturas, os pinguins-de-magalhães do Aquário ficam em em um recinto climatizado por aparelhos de ar-condicionado
Anda fazendo um baita calor em Santos. Se o calorão anima muitos a curtir uma praia, por outro lado algumas pessoas sofrem com os efeitos de dias tão aquecidos. E o mesmo se passa com os animais. Por este motivo, os cerca de 1.500 indivíduos que habitam o Orquidário e o Aquário municipais de Santos recebem tratamento especial durante esta época do ano, visando o conforto dos bichos diante do calor excessivo.
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No Orquidário, onde vivem cerca de 490 animais de 60 espécies, as medidas refrescantes envolvem atividades com água e alimentação adaptada com a inclusão de frutas geladas e/ou "picolés" feitos com suco natural congelado, conforme explica uma das biólogas do parque, Ana Beatriz Alarcon Comelli.
“A água fornecida é sempre fresca, mesmo que precise trocar várias vezes por dia. A gente já faz essa limpeza do bebedouro rotineiramente, mas com o calor, nós intensificamos”, explana Ana Beatriz.
O Orquidário também possui um programa de bem-estar animal em que são desenvolvidas atividades de enriquecimento comportamental, que são adaptadas neste período mais quente. Os profissionais realizam brincadeiras na água, fazem “chuveirinho” com mangueiras e, para as espécies que têm menos contato com o ambiente aquático, são colocadas frutas em recipientes com água, para estimulá-los a molhar as patas.
“Como a grande maioria das espécies é da região e está acostumada com o clima, não vemos grandes problemas de saúde durante o calor. Esses cuidados são mais preventivos e para oferecer um conforto maior para esses animais", afirma. A ampliação de espaços sombreados e a disposição de tanques ou bandejas com água, para que eles possam entrar e se refrescar, também são algumas das medidas adotadas.
No Aquário Municipal, que abriga cerca de 950 animais de 100 espécies, distribuídos por 32 tanques, a atenção é redobrada para verificar a temperatura da água neste período de calor excessivo.
Segundo o biólogo e coordenador do parque, Alex Ribeiro, os tanques de água doce e salgada contam com temperaturas distintas. Com as tartarugas, por exemplo, o líquido é mantido a 24°C, enquanto com tubarões a condição ideal é de 26°C.
“Um grau acima da temperatura adequada já faz diferença na vida do animal, podendo deixá-lo amuado e até sem vontade de se alimentar”, alerta Ribeiro.
Já no caso dos pinguins-de-magalhães, animais que demandam ainda mais cuidados, a climatização do recinto deve ser de 16°C. O ambiente tem cerca de 100 metros quadrados e é climatizado por três aparelhos de ar-condicionado, com potência de 60 mil BTU cada. O local ainda conta com câmaras frias que auxiliam na refrigeração.
“Hoje temos 20 pinguins-de-magalhães no Aquário. Eles são animais que não costumam suportar temperaturas acima de 30°C. O conforto térmico proporciona muito mais qualidade de vida a eles. A prova disso foi o nascimento de um filhote, em dezembro passado”, explicou o biólogo.
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Ainda segundo Alex, o apetite das espécies também fica mais intenso durante o verão. Por conta disso, a equipe técnica do Aquário desenvolve um plano nutricional adequado ao período, com refeições mais equilibradas, sobretudo para evitar ganho de peso. O calor excessivo traz, inclusive, a oportunidade de inserir novos alimentos ao menu.
“Um sorvete feito com peixe congelado também é uma das formas de refrescar os animais durante esses dias mais quentes. Os pinguins adoram e interagem bastante com esse tipo de alimento”, concluiu Ribeiro.
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