Prosseguem ações para conter situação emergencial em Guarujá

Costa Norte
Publicado em 15/01/2016, às 19h38 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h54

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*Foto Bombeiros / Twitter

O incêndio que atingiu contêineres no terminal da Localfrio, localizado na margem esquerda do porto de Santos, em Guarujá, na quinta-feira, 14, prosseguiu durante todo o dia de sexta-feira. Segundo nota da empresa, até o fechamento desta edição, o Corpo de Bombeiros havia iniciado uma nova etapa para conter a combustão. O principal objetivo é eliminar definitivamente possíveis focos de incêndio e de fumaça que atingiram os municípios de Santos, Guarujá e São Vicente. Moradores de Vicente de Carvalho, a um raio de 100 metros do local, foram orientados a deixar suas casas.

Segundo informações levantadas por técnicos da Cetesb, no momento do incêndio havia 85 contêineres no local e, dos atingidos, 90% continham dicloroisocianúrico de sódio, produto utilizado principalmente na desinfecção de água. As assessorias dos órgãos envolvidos na ação e também da empresa não forneceram informações sobre o conteúdo dos demais contêineres atingidos. Havia grande preocupação com um contêiner carregado com acrilato de butila, composto que se solidifica e aumentaria o risco de explosão, entretanto, este foi neutralizado, como prevenção, e removido do local.

A situação emergencial foi tratada, no município, por um gabinete de gestão de crise, composto por equipes da prefeitura, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Exército, Cetesb e Aeronáutica. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria Nacional de Meio Ambiente Urbano, informou que a equipe de combate à emergência química estava em contato com a Cetesb, para avaliar as medidas necessárias para tratar do caso.

Em coleta realizada por técnicos da Cetesb, na sexta-feira, 15, para avaliar possíveis danos à vida aquática e à qualidade da água do estuário, a informação divulgada é que não foi identificada mortandade de animais marinhos. A qualidade do ar em Vicente de Carvalho deverá ser monitorada pela Cetesb, para monitoramento de material particulado - MP10 e óxido de nitrogênio - NOx. Água de chuva também será coletada para avaliação de sua acidez. Medidas administrativas só serão aplicadas ao final da avaliação dos danos.

A Localfrio Armazéns Gerais Frigoríficos possui licença de operação emitida pela Cetesb, válida até 1º de setembro de 2017. O documento autoriza a movimentação e armazenagem de produtos químicos.

Até o fechamento desta edição, ao menos 118 pessoas procuraram atendimento por sintomas decorrentes do vazamento químico em Guarujá. Destas, 75 foram atendidas no município; 26, em Santos; e 17, em Cubatão. Em caso de náusea, irritação na garganta, lacrimejar nos olhos ou condição de mal-estar maior, a orientação em Guarujá é acionar o Samu ou procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Boa Esperança, UPA Guarujá (Pam Rodoviária) ou UPA Enseada, que estão preparadas para este atendimento, que também foi reforçado com médicos do Exército e da Aeronáutica. A Base Aérea de Santos, que fica em Guarujá, disponibilizou médicos, enfermeiros e ambulâncias. O Hospital Santo Amaro e as UPAs estão de prontidão para qualquer ocorrência.

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